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Agricultores realizam manifestação hoje em Ijuí pela securitização

21 de maio de 2025

Produtores rurais realizam, hoje, mobilização defronte o parque de exposições Wanderley Burmann de Ijuí, o dia todo, principalmente em defesa da securitização, ou seja, renegociação de dívidas agrícolas por 20 anos. A manifestação é iniciativa do Sindicato Rural de Ijuí, com apoio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Associação Comercial e Industrial, Sindilojas – Sindicato do Comércio Varejista – dentre outras entidades apoiadoras.

O presidente da entidade, Alexandre Busanello, ressalta que o protesto ainda visa sensibilizar o governo federal por mudanças na legislação do Proagro e seguro agrícola. Tudo isso ocorre, visto as sucessivas perdas nas últimas safras na região e no Rio Grande do Sul, em razão de problemas climáticos, por exemplo, a estiagem da safra de verão 2024/2025.

Os organizadores pedem que os agricultores compareçam no protesto, hoje, em Ijuí, com maquinários agrícolas e caminhões. A programação vai começar logo mais, às 8 horas, com ato principal às 11 horas. A mobilização vai seguir até o final do dia.

Trânsito

Em relação ao trânsito na BR 285, local do protesto de hoje dos produtores em Ijuí, a delegacia da Polícia Rodoviária Federal, de Ijuí, esclarece que em princípio não deverá ocorrer interrupção de fluxo por parte dos agricultores. Porém, se isso acontecer, haverá sinalização nas proximidades. A PRF pede que os motoristas tenham atenção e adotem velocidade de segurança dos veículos caso passem por este ou outro ponto de manifestação, por exemplo, em Cruz Alta.

Aprovação em comissão do Senado

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal aprovou, ontem, o projeto a securitização das dívidas acumuladas dos produtores rurais do Rio Grande do Sul. A proposta, de autoria do senador gaúcho pelo PP, Luis Carlos Heinze, segue agora para análise da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

O parecer aprovado é de autoria do senador Hamilton Mourão do Republicanos do Rio Grande do Sul, que incorporou emenda que amplia os benefícios da proposta para as empresas cerealistas. A matéria propõe a conversão das dívidas dos agricultores em títulos lastreados pelo Tesouro Nacional, com limite total de até 60 bilhões de reais. A medida inclui operações de custeio, investimento e comercialização contratadas até 30 de junho deste ano.

Cada produtor poderá renegociar até 5 milhões de reais, com carência de três anos e prazo de pagamento de até 20 anos. Os juros variam de 1 a 3%. Também há sugestão de bonificação para adimplentes, com desconto de 30% sobre cada parcela paga dentro do vencimento, limitado a 100 mil reais, e 15% sobre o valor que exceder esse limite. O texto também prevê a criação de uma linha de crédito, com recursos do BNDES, para recuperação de solo e investimentos em irrigação, com taxa de juros de até 5% ao ano.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí
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