Ajuricaba e Condor são os municípios mais preocupantes da região sobre dengue

Se por um lado o retorno das chuvas se torna fundamental para terminar com a estiagem, por outro a população precisa prestar atenção para não deixar água parada, visto o perigo da dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Durante entrevista hoje pela manhã na RPI, o coordenador da Vigilância Ambiental da 17ª Coordenadoria Regional de Saúde, com sede em Ijuí, Carlos Alberto Noll, esclareceu que os ovos do inseto podem ficar mais de um ano depositados a céu aberto e, após, eclodir em contato com a água. E é o que acontece ou pode ocorrer no atual período, com a volta das chuvas. Por isso, é fundamental que as pessoas revisem pátios e demais locais para não deixar água parada. O alerta é ainda mais fundamental, pois Ijuí e região constatam, novamente, acréscimo de casos de dengue.

Carlos Alberto Noll disse que dentre os 20 municípios da Coordenadoria de Saúde de Ijuí, os municípios de Ajuricaba e Condor são os mais preocupantes, em razão do alto número de casos da doença e índice elevado de infestação predial do Aedes aegypti. Inclusive, em Ajuricaba e Condor já houve a primeira etapa de pulverização com uso de veículos para combater o mosquito.

Além disso, o entrevistado comentou que Ijuí, Crissiumal, Santo Augusto, Ajuricaba, Panambi e Condor possuem, neste ano, casos autoctones de dengue, ou seja, pessoas que contraíram a doença nos próprios municípios. Os casos importados são registrados em Ijuí, Ajuricaba e Panambi, num total de quatro.

Carlos Noll enfatiza que os casos de dengue importados são um gatilho para as situações autoctones, pois os insetos se infectam e passam a patologia para demais pessoas. Em Crissiumal, na terça e quarta-feira da próxima semana, a Coordenadora de Saúde ijuiense vai capacitar agentes da dengue, pois o município teve mudança na mencionada equipe.