Alerta e cuidado: dengue vira situação crítica no estado do Rio Grande do Sul

Desde o começo da série histórica do monitoramento de arboviroses no Rio Grande do Sul, em 2000, nunca o Estado registrou um número maior de municípios infestados pelo Aedes aegypti do que no atual ciclo. Das 497 cidades gaúchas, 441 tinham, na metade desta semana, a presença massiva do mosquito causador da dengue, zika e chikungunya. O número corresponde a 88,7% dos municípios. A dengue já infectou, neste ano, mais de 7,9 mil pessoas no RS, superando as infecções do mesmo período de 2021. Até o fechamento desta edição, havia deixado também cinco mortos, motivando a Secretaria Estadual de Saúde (SES) a emitir, no final de março, um alerta epidemiológico para a “situação crítica”.

Em Ijuí, até o inicio dessa semana eram 29 casos positivos e cerca de 80 aguardando resultado de exames. Em Santo Ângelo são mais de 200 pessoas com suspeita e mais de 40 confirmados. Nessa sexta-feira (15) o municipio de Boa Vista do Buricá confirmou a primeira morte pela doença. Trata-se de um homem de 54 anos que faleceu no dia 26 de março, mas somente nessa semana o resultado dos exames confirmou a causa. 

A coordenadora do Programa Estadual de Vigilância e Controle do Aedes (PEVCA) da Vigilância Ambiental do RS, Carmen Gomes, afirma que todos têm responsabilidade no combate à proliferação do mosquito.