Área de abertura da colheita do milho no RS, nesta sexta-feira, atua com sulco-camalhão

A Fazenda São Francisco, em Jaguarão, Sul do Estado, vai ser palco para a 10ª Abertura Oficial da Colheita do Milho no Rio Grande do Sul. O evento vai acontecer nesta sexta-feira, às 11 horas e 30 minutos. Atividades técnicas estão previstas para começar a partir das 7 horas, com estações demonstrativas de cultivo de milho em terras baixas com a técnica de sulco-camalhão.

A tecnologia de sulco-camalhão estabelece uma zona de cultivo com solo mais profundo e descompactado, ideal para o desenvolvimento radicular das culturas. O sistema consiste na estruturação da lavoura para a irrigação por sulcos, com o cultivo sobre os camalhões formados entre os sulcos. As estações demonstrativas que estarão disponíveis para visitação durante o evento mostrarão detalhes deste projeto, além de procedimentos corretos de secagem e armazenagem de milho.

O presidente da Associação de Produtores de Milho do Rio Grande do Sul, Ricardo Menegheti, que é agricultor em Chiapetta, é um entusiasta dessa tecnologia. Ele comentou para a RPI que o sulco-camalhão é um sistema de baixo custo e ajuda a reduzir impactos da estiagem, aliás, falta de chuva que nesta safra praticamente dizimou a produção de milho no Estado. Sobre a atual situação do cereal, Menegheti frisa que em muitas áreas não há o que colher.

Na região de Chiapetta e Santo Augusto, por exemplo, ele observa que a media por hectare deverá ficar entre 15 e 20 sacas em áreas de sequeiro. No tocante ao milho irrigado, em algumas lavouras gaúchas o rendimento é estimado de 150 a 170 sacas, mas em outras em cerca de 100 sacas por hectare. Ou seja, mesmo com irrigação, a falta de chuva e o sol forte causam quebra de produtividade. Na lavoura onde haverá a abertura da colheita do milho, amanhã, em Jaguarão, o rendimento vai ficar entre 170 e 190 sacas por hectare, visto a tecnologia sulco-camalhão.