Assentamentos de “Sem Terra” realizam ações no estado para doar alimentos. No total, assentados de várias regiões do Rio Grande do Sul distribuíram juntos quase 170 toneladas de alimentos desde o início da pandemia do novo coronavírus. Nesta semana, uma ação foi organizada por assentamentos de Jóia. Participaram das arrecadações a Escola Joceli Corrêa, os assentamentos Rondinha, Barroca, Tarumã, Cerres, Simão Bolívar e o Reassentamento 31 de Maio.
Os “Sem Terra” arrecadaram 8 toneladas de alimentos como feijão, batata doce, mandioca, laranja, bergamota, lima, abóbora e moranga. A doação foi dividida. Parte foi entregue para o Lar dos idosos de Jóia, já a maior quantia chegou em Porto Alegre, ontem.
Segundo Geronimo da Silva, Dirigente Estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), esses alimentos que chegaram na capital gaúcha serão distribuídos para trabalhadores da periferia. Perin ainda ressalta que essa foi uma dupla ação, configurou-se em uma articulação que atendeu duas campanhas do MST, o Programa Nacional de Reflorestamento e a Campanha de Solidariedade do MST.
Ao doares suas produções, em contrapartida, os assentados receberam mudas de árvores. A expectativa é de que esse ano sejam plantadas oito mil árvores nativas em Jóia. Durante a arrecadação foram entregues 20 mudas para cada família dos assentamentos que participaram, conforme Geronimo. Ainda de acordo com ele, já foram distribuídas cinco mil mudas, sendo que o restante será entregue em um segundo momento em outros assentamentos da região.
Seis mil dessas mudas vêm de um parceria da Cooperativa Agropecuária e Laticínios Pontão (Cooperlat), do MST, com o viveiro da Cooperativa de Distribuição de Luz (Creluz). As outras duas mil foram doadas pela Cooperativa Regional de Energia e Desenvolvimento Ijuí (Ceriluz) e a Cooperativa de Energia (Coprel) de Ibirubá.
A campanha de reflorestamento do MST tem como objetivo plantar 10 milhões de árvores nos próximos 10 anos.