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Atleta campeão da divisão de acesso pelo em 2017 São Luiz cogita pendurar as chuteiras

6 de julho de 2020

Campeão da Divisão de Acesso de 2017 pelo São Luiz, o atacante Lauro César cogita encerrar a carreira como atleta de jogador profissional. Durante entrevista para a reportagem, o jogador destaca não depende mais do futebol.

PENSANDO EM PENDURAR AS CHUTEIRA

Não sei se vou voltar a jogar ainda, hoje não é mais meu objetivo voltar a jogar futebol, estou muito feliz em casa e Graças a Deus as coisas estão se encaminhando para mim sem precisar do futebol e estou na espera, ainda mais agora com a pandemia fica mais difícil e estou em casa no momento. Sim, pensando em pendurar, repito, eu não dependo mais do futebol para sobreviver, sendo realista, não posso viver de marketing e dizer: EU SOU JOGADOR DE FUTEBOL, só por querer jogar, ganhar baixos salários, ficar longe da família, ainda jogo o amador aqui em São Paulo, onde dá para tirar uma boa renda e ainda estou na dúvida e praticamente estou aposentando do futebol neste ano.]

NOVO NEGÓCIO

Desde 2014 buscava outras coisas por que sabemos que carreeira de jogador de futebol é curta, principalmente para atletas que não de clubes de ponta e sabemos a dificuldade que é, primeiro trabalha 6 meses, depois 3, eu graças a Deus nunca fiquei sem clube, mas primeiro semestre ganha um salário lá em cima e no segundo querem pagar menos da metade e desde 2014 estava com idéias de vendas virtuais e graças Deus deu muito certo, hoje toda minha renda vem das vendas virtuais, estou abrindo um escritório aqui em São Paulo também para trabalhar com as vendas fora o futebol amador aqui que dá uma boa renda.

DIVISÃO DE ACESSO 2017

O clube abriu as portas para mim, a direção sempre foi muito clara comigo, por que é muito difícil achar um clube que honra com seus compromissos, que cumpre com tudo que foi combinado e antes mesmo de eu chegar em Ijuí o clube prometeu e cumpriu. O Delmar Blatt fez algo muito diferente naquele ano, além do jogador ele sempre colocou a família do jogador em primeiro lugar, sempre deu todo apoio. Relembrando aquela conquista, infelizmente eu tive uma lesão muito grava, mas lembro que querendo ou não, depois da lesão comecei a pensar em outras coisas e fiz todo esforço para poder participar do campeonato, joguei dois jogos no começo, machuquei e depois voltei somente na final, fiz duas infiltrações de joelho para poder jogar a final, eu acho que eu merecia, por que até então, não sei se todos sabem, não tenho nada contra o Paulo(PH Marques), técnico da época – que é um excelente treinador, mas na final tive a oportunidade de jogar 3, 4 minutos e na hora das cobranças por pênaltis meu nome não estava na lista, eu tinha que bater, falei que ia bater, não desrespeitando ordens e fui e fiz o gol, muitos falam até hoje que eu tive muita personalidade, a responsabilidade era muito grande, mas eu devia isso para mim e estou estava bem para bater e fazer o gol.

PIOR MOMENTO DA CARREIRA

Foi o pior momento da minha carreira. Estava lesionado e eu via os trabalhos do Paulo e do Leandro, aliás, o Leandro é um cara que entende muito, eu tiro o chapéu para ele, foi um dos caras que passou cada trabalho, trabalhos bons, e eu estava me sentindo muito bem, sabia que aquele era meu ano e infelizmente tive uma lesão com 3 minutos de jogo e tive o entorse no joelho e com isso vem o desânimo, tive uma infecção no joelho, e foi na raça, foi pela minha família, fiz 2 infiltrações para jogar e na final e fazer o gol de pênalti e estamos na história do clube, por que fomos campeões e reconduzimos o São Luiz de volta ao campeonato gaúcho.

O GRUPO

Quando o Delmar buscou as contratações para a montagem do elenco, acredito que ele buscou muito isso. Ele me disse: “estou buscando jogador família”. Você pode ver que as maiores lideranças daquele grupo era justamente quem estava com a família, Jonatas, Jean Dias, Thiago Silva, Zé Lucas, a maioria dos atletas que estavam a frente, eram os que estavam com a família e sabíamos que a responsabilidade é maior do que as dos garotos que estavam no grupo. Mas recentemente fiquei muito chateado numa publicação que me marcaram no instagram relembrando da campanha e eu comentei, não irei citar nomes – que na hora de lembrar dos guerreiros do campo de lama, muitos não foram lembrados na primeira divisão. Não digo que eu deveria voltar, mas jogadores que pediram para voltar quando as coisas apertaram não deram a oportunidade para retornar, pode observar que foram cerca de 4 ou 5 jogadores que voltaram.

Mesmo cogitando encerrar a carreira, Lauro, 30 anos, afirma que voltaria a jogar somente em 4 clubes: São Luiz, Metropolitano, Noroeste e Cabofriense.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí/Foto: Léo Borges