Augusto Pestana, Panambi e Bozano detalham perdas em razão da estiagem

A falta de chuva traz reflexos em toda a região. O prefeito de Augusto Pestana, Darci Sallet, disse que ontem houve reunião entre secretaria municipal de Agricultura e Emater, com divulgação de perdas de 90% no milho, além de reflexos negativos na produção leiteira. Darci Sallet enfatiza que há preocupação com a possível falta de água para os animais em algumas propriedades do interior. O município e a Emater vão dar os devidos encaminhamentos para essas questões. Caso não chova nos próximos dias, haverá novo encontro, em Augusto Pestana, para avaliar os prejuízos na agricultura e outras áreas.

Já em Panambi, o prefeito, Daniel Hinnah, informou nesta manhã para a RPI que recente reunião entre prefeitura e entidades ficou definido que a quebra no milho está em 60%, ainda diminuição de água para irrigação de hortaliças, dificuldade de implantação de hortaliças e pastagens, ainda problemas para plantar os cerca de 10% de soja que restam. Na área leiteira, a produção em Panambi sofre redução de 30%. Por problemas nas pastagens, os agricultores utilizam bastante silagem a fim de alimentar os bovinos, o que diminuiu bastante o estoque desse produto.

No caso de Bozano, o prefeito, Renato Casagrande, esclareceu que as perdas pela estiagem se concentram, especialmente, no milho e pastagens, por isso, produtores de leite sentem os reflexos. No entanto, ainda não há dados concretos sobre perdas na área agrícola bozanense.

Situação de emergência

O Executivo de Júlio de Castilhos decretou situação de emergência, visto os prejuízos causados pela estiagem. Há quase um mês não chove no município. A perda financeira está em quase 6 milhões e 500 mil reais, principalmente com problemas no milho e na produção leiteira, nessa última área, redução de 30%. A prefeitura de Júlio Castilhos leva água potável para algumas famílias, visto redução dos abastecimento. Também já é necessário abrir bebedouros para animais. A soja e pastagens sofrem para se desenvolver no município.

Já o município de Tupanciretã deverá decretar situação de emergência na próxima segunda-feira, também devido à seca. O prefeito, Gustavo Herter Terra, disse que a administração municipal solicitou relatórios de empresas que atuam na região, sobre perdas na agricultura. Segunda-feira, a Defesa Civil estadual vai estar em Tupanciretã para avaliar a situação. Moradores da área rural já pediram que a prefeitura forneça água potável com caminhão pipa. Também existe falta de água para os animais. A última chuva em Tupanciretã foi registrada no dia 25 de novembro, num acumulado de 18 milímetros.