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Auxiliares de educação reivindicam aumento no salário: “Se a categoria fizer greve, algumas escolas fecham”

12 de setembro de 2022

O plenário da Câmara de Vereadores de Ijuí foi tomado por profissionais auxiliares da educação infantil e fundamental, na noite desta segunda-feira, 12. O grupo, com apoio do sindicato e comissão responsável constituída por 12 pessoas, reivindica alteração no padrão da categoria, do atual 3b para o 5. Em outras palavras, a reivindicação é por aumento de salário, já que os vencimentos atuais somam R$ 1.289,59 quem com as deduções legais, reduz para menos de um salário mínimo. O vereador presidente Matheus Pompeo de Mattos (PDT) protocolou moção de apoio à solicitação dos profissionais. 

O grupo é representado por uma comissão, que já se reuniu com o secretário de educação Claudio da Cruz de Souza. Segundo Neiva Teixeira, o gestor se mostrou solícito à reivindicação. “Entendemos que o executivo vai atender nosso pedido, pois não é coerente que nossa categoria seja tão desvalorizada. Trabalhamos tanto quanto um professor na sala de aula e recebemos tão pouco por isso. Nosso trabalho vale mais e precisamos de remuneração equivalente às nossas funções”, pontuou. A profissional disse ainda que, em caso de insucesso no pedido, o grupo pode fazer greve. 

A profissional Naiane Klamt relembrou que, em 2012, a categoria realizou greve, o que ocasionou o fechamento temporário de algumas escolas. “Nós trabalhamos sem o professor em sala de aula, o que já ocorre em dias de planejamento, reuniões e formações dos professores, mas o professor não consegue trabalhar sem um auxiliar”, disse, complementando que a função exercida pelos auxiliares na escola vai desde o acolhimento da criança até a alimentação, cuidados com higiene e desenvolvimento de atividades pedagógicas. 

Andressa Oliveski explica que o salário é ínfimo diante das necessidades financeiras. “Não temos mais poder de compra, não conseguimos honrar com todas as necessidades financeiras com os vencimentos atuais”, pontuou. 

Na tribuna, vereadores de oposição como Cesar Busnello(PT), Bruna Gubiani (PT e PCdoB), Marildo Kronbauer (PDT), Josias Pinheiro (PDT), Alexandra Lentz (PDT) e Beto Noronha (PT), falaram sobre a  importância da valorização dos profissionais da educação. Marildo Kronbauer disse que os governos trabalhistas garantiram a valorização dos profissionais. “Infelizmente atualmente esses profissionais não têm aumento real”, pontuou. Alexandra Lentz reiterou que é o momento de “dar um voto de confiança para o executivo”. 

Paulo Braga (PDT) também se manifestou a favor da categoria, relembrando a luta dos agentes de saúde e de combate às endemias. “Eu, que também sou servidor público e há pouco vivenciei uma luta muito semelhante, me coloco no lugar desses profissionais.  

Já Bira Erthal (PL) contestou as críticas, afirmando que o executivo está comprometido em cumprir o combinado com a categoria durante reuniões. “Esse governo valoriza sim a educação, tanto que há o comprometimento com a execução de projeto que contemple a reivindicação da categoria. A administração está trabalhando para atender essa solicitação o quanto antes”, pontuou. Ricardo Adamy também defendeu a administração e defendeu o diálogo. Jorge Amaral (PP) também se manifestou favorável à reivindicação da categoria e rebateu as criticas da oposição.

“De 2014 a 2022 foram oito anos sem reajuste. Era o Andrei nesse período?”, questionou.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí
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