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“Avanço da inteligência artificial está mudando relações de trabalho”, avalia desembargador federal

4 de maio de 2023

O avanço das tecnologias de inteligência artificial, cada vez mais inseridas no dia a dia das empresas, tem potencial para ‘estremecer’ as relações de trabalho no futuro. A afirmação é do presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, Desembargador Federal do Trabalho e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Francisco Rossal de Araujo. 

Em visita a Ijuí nesta quarta-feira, 03, como parte de um projeto de aproximação do TRT4 do interior, o desembargador falou sobre os desafios da justiça do trabalho, frente à evolução, especialmente da tecnologia de inteligência artificial, mas também em relação ao tele trabalho e o home office, que se consolidaram em diversas organizações após a pandemia de covid-19. 

“Atualmente é possível que muitas pessoas se confundam e não saibam diferenciar um texto escrito por um jornalista ou pela inteligência artificial, por exemplo. É algo que veio para ficar e precisamos lidar com a novidade, de maneira a proteger as relações de trabalho e os direitos individuais”. 

Estudos do Fórum Econômico Mundial apontam que a IA vai eliminar cerca de 85 milhões de vagas de trabalho até 2025. No entanto, especialistas ainda divergem quanto à magnitude dessa substituição de mão de obra humana por IA. Ainda segundo o Fórum Econômico Mundial, com esse movimento poderiam surgir mais de 97 milhões de novos postos de trabalho – as pessoas não seriam exatamente substituídas pela IA, mas sim por outras pessoas que saibam operá-la.

Outro fator evidenciado pelo desembargador se refere ao chamado ‘direito de desconexão’, que acompanha o avanço das tecnologias. “É preciso estabelecer limites entre o que é direito e dever entre empregador e empregado, mas os juízes do trabalho são extremamente capacitados para avaliar caso a caso”, pontuou. 

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí
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