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Baixa resolutividade resultou em fechamentos de unidades de saúde no interior, diz secretário

30 de novembro de 2022

Em resposta às críticas do ex-secretário da saúde e vereador Josias Pinheiro, o atual titular da pasta, Marcio Strassburger, em entrevista à RPI, disse que o fechamento de unidades avançadas de saúde em três localidades do interior (Alto da União, Itaí e Chorão) foi provocado pela baixa resolutividade aos pacientes que as procuravam. Atualmente, das quatro unidades que funcionavam, apenas em Mauá houve continuidade dos atendimentos pela gestão atual. 

“Nunca houve unidade básica de saúde no interior. Existiam alguns postos para fazer atendimentos pontuais. Quando assumimos a administração houve um levantemento de todos estes locais que estavam abertos e durante a semana procedimentos muito pontuais e com poquíssima resolotuvidade. Qualquer ação mais complexa a população precisaria vir para a cidade”, destacou o secretário.

Conforme Strassburger, agora a pasta trabalha com ações programadas  com mutirões para as comunidades interioranas. “Os mutirões possuem uma procura bastante grande e são mais resolutivos. Ações mais específicas os agentes de saúde estão à disposição para qualquer informação. Quanto os procedimentos, estes estão sendo realizados no Meio Rural.

Vereador pede o retorno de três unidades avançadas de saúde no interior

O vereador Josias Pinheiro (PDT) criticou a gestão municipal durante entrevista ao programa Rádio Ligado da Rádio Progresso. O legislador disse estar aguardando com ansiedade pela decoração natalina em Ijuí e comparou com outros municípios que já possuem ações para o período de Natal. No entanto, os principais apontamentos foram direcionadas à pasta da saúde, a qual foi comandada por Pinheiro na gestão anterior.

O fechamento de unidades avançadas de saúde no Alto da União, Itaí e Chorão incomodou o ex-secretário. “A justificativa da atual administração para o fechamento é que não havia presença de enfermeiros e médicos todos os dias nas unidades do interior. No entanto, nós tínhamos técnicos de enfermagem que poderiam fazer um curativo, verificar a pressão e ter uma primeira conversa com os pacientes. Também tínhamos uma referência para os agentes comunitários de saúde que trabalham nessas regiões”, revelou.

Pinheiro disse que mesmo tendo produção, a gestão decidiu pelo fechamento e que agora as pessoas precisam se deslocar até o posto do meio rural nas proximidades da Praça dos Imigrantes. “Andamos muito pelo interior e a única que ficou aberta foi a do Mauá. Qual a regra? Por que fecharam as outras e deixaram aberta essa? Queremos que todas abram. Temos recursos, há superavit e queremos que a administração volte a olhar com bons olhos para a saúde. Existem pessoas que esperam por 60 dias para uma consulta. Precisamos de um acompanhamento melhor da gestão da saúde”, concluiu.