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Brasil não deve participar de candidatura sul-americana para receber jogos da Copa do Mundo de 2030

14 de março de 2022

Desde 2017, quando começaram as discussões sobre o Mundial de 2030, a mídia especializada debate a possibilidade de o Brasil voltar a ser sede. Entretanto, a ideia era realizar o evento ao lado de Argentina e Uruguai, algo que tem ficado cada vez mais complicado.

Tudo indica, no entanto, que o Paraguai deve tomar a vaga brasileira nessa disputa, assim o país deixaria o sonho de sediar novamente a competição para o futuro. Entretanto, isso ainda são apenas especulações, pois as candidaturas não saíram dos bastidores. As confederações estão mais focadas na realização da Copa do Mundo deste ano, no Catar.

Os rumores de uma possível realização de jogos no Brasil em 2030 nunca foram confirmados, mas ganharam alguns portais de notícias. Na época, fizemos uma reportagem explicando a situação, inclusive com a possibilidade de que jogos acontecessem aqui no Sul. Entretanto, cinco anos depois dessas conversas, a realidade do país mudou e a presença do Mundial por aqui foi praticamente descartada.

Ideia da Conmebol é reunir outros países

Apesar do sucesso da Copa do Mundo de 2014, com mais de 1 bilhão de pessoas acompanhando a decisão, segundo reportagem do site Super Esportes, o Brasil não parece ter força política no momento para receber mais jogos.

O Uruguai e a Argentina estão quase confirmados nesta candidatura conjunta, e a discussão mais acirrada é sobre o terceiro país que vai compor essa aliança. Enquanto o Brasil deixou de ser mencionado, o Paraguai ganhou força para ser a terceira sede. O país com mais de 7 milhões de habitantes respira futebol, com uma competição nacional forte composta por 12 equipes e a presença de clubes conhecidos, como o Cerro Porteño e o Libertad.

Um dos objetivos é repetir não apenas o sucesso de público do Mundial de 2014, mas também o bom futebol visto na Copa do Mundo da Rússia em 2018. A edição teve 169 gols em 64 partidas, com uma média de 2,64 gols por jogo e muitos confrontos intensos. A disputa entre Brasil e Bélgica pelas quartas de final, por exemplo, foi um dos jogos mais emocionantes do torneio, apesar da derrota brasileira por 2 a 1, como lembra a cobertura da partida pelo site Globoesporte. Ou seja, a Conmebol planeja fazer bonito para essa candidatura do Mundial de 2030.

Com a cabeça no Catar

Apesar da expectativa e das negociações para as candidaturas, as confederações só devem focar nisso em 2023. A prioridade no momento é o Mundial no Catar, pois muitos países vão chegar com boas chances de título. O Brasil chega como o favorito, mas não tem uma grande vantagem diante dos rivais. Isso significa que o equilíbrio deve predominar na competição.

A Seleção Brasileira vai entrar em campo como a equipe a ser batida segundo algumas cotações oferecidas por casas de apostas online. Isso é algo que também aconteceu em 2014 e 2018, mostrando a força do futebol nacional. O elenco comandado por Tite aparecia, no dia 7 de março, com 14,3% de probabilidade de título. A França, atual campeã, vinha logo em seguida, com 13,3%. Alemanha, Inglaterra, Espanha e Itália apareciam depois das duas maiores favoritas.

Ou seja, o pensamento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não é a candidatura para 2030, mas sim o possível título no final do ano. Uma esperança que também atinge os torcedores brasileiros, principalmente em Ijuí, que deve parar durante os jogos, algo que aconteceu em 2018 e virou tradição. O apoio será incondicional, pois o sonho do hexa é antigo em todo o país.

Tite é aposta para título

A confiança na Seleção Brasileira é proveniente do trabalho de Tite por conta do aproveitamento de 79% comandando a equipe. Mesmo com o fracasso em 2018, o treinador continuou prestigiado para tentar o título novamente em 2022. É uma oportunidade para ele superar a campanha do ijuiense Dunga, campeão mundial como jogador que vai ganhar uma estátua na cidade nos próximos meses. O ex-volante treinou o Brasil em 2010 e foi eliminado nas quartas de final.

 

De qualquer maneira, a esperança é de uma equipe que possa mostrar bom futebol e consiga trazer um título que não vem desde 2002. Um objetivo que não é nada simples mesmo com as cotações, mas que pode ser realizado no final do ano.

A Copa do Mundo de 2030 ainda está distante, por isso é um tema menos abordado do que o Mundial do Catar. Entretanto, os bastidores mostram que Argentina, Uruguai e Paraguai devem se unir para uma candidatura conjunta, enquanto o Brasil deixa para ser sede em outro momento.