O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e o Grupo Ceriluz, assinaram nesta quinta-feira (06), 15h, uma operação de crédito no valor de R$ 140 milhões para viabilizar a construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Linha Onze Oeste. Projetada para uma capacidade de gerar até 23,6 Megawatts (MW) quando entrar em funcionamento, a usina ficará localizada no leito do rio Ijuí, em Coronel Barros, município que integra a região do Planalto Médio gaúcho. O projeto está orçado em quase R$ 154 milhões.
A assinatura do contrato ocorreu na Casa Ceriluz, no Parque de Exposições Wanderley Agostinho Burmann, em evento durante a EXPOFEST 2022, feira de negócios e cultura do município, e contou com as presenças do diretor de Planejamento e de Operações do banco, Otomar Vivian, e o presidente da Ceriluz Distribuição, Guilherme Schmidt de Pauli. Participaram do ato também o vice-presidente do grupo, Valmir Elton Seifert, o diretor secretário, Sandro Lorenzoni, o engenheiro eletricista chefe, João Fernando Costa, o diretor financeiro, Dirceu Allegranzzi e autoridades convidadas, incluindo o prefeito de Coronel Barros, Edson Arnt, e a coordenação da EXPOFEST 2022.
Uma parcela do financiamento da usina terá origem na captação de recursos que o BRDE acaba de fechar com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), no total de 100 milhões de euros (cerva de R$ 511 milhões) e voltados em especial a apoiar projetos de geração de energia com fontes renováveis.
“É um projeto que tem uma característica muito importante ao aliar a missão do banco em apoiar o desenvolvimento econômico do nosso estado e, ao mesmo tempo, reforça nosso compromisso com a agenda da sustentabilidade. Estamos efetivamente deixando um legado”, frisou Vivian. O projeto da Linha Onze Oeste já conta desde abril deste ano com a Licença de Instalação (LI) emitida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
Para atingir a potência projetada, será construída uma barragem de 6,48 metros de altura, que deve gerar um reservatório de 42 hectares, no leito do rio em sua maior parte.
O presidente Guilherme Schmidt de Pauli reforça a importância dessa parceria. “Esse aporte financeiro vai nos permitir acelerar a obra da usina, atingindo assim nossas metas e, consequentemente, atender nossos compromissos de venda de energia”, afirma. A PCH Linha Onze Oeste já foi contemplada em dois leilões de venda de energia promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), efetivando a venda de 7,5 MW a partir de janeiro de 2025. Para Guilherme, o BRDE é fundamental para incentivar projetos desse porte. “Projetos como esse geram muitos empregos e, após concluídos, permitem uma segurança muito grande para o setor elétrico regional. Tudo isso, a partir de uma fonte renovável e limpa, e o BRDE sempre está ao nosso lado nessas iniciativas”, avalia.
O presidente da Ceriluz Geração, Iloir de Pauli, que não pode estar presente do ato, complementa que esse projeto é a consolidação do planejamento feito pela Ceriluz, Há alguns anos, de construir uma estrutura sólida, capaz de atender com segurança todos os associados. “Uma obra desse porte garante uma estabilidade muito grande para os associados da Ceriluz. E a garantia de energia de qualidade para todas as atividades desenvolvidas na região, sejam elas produtivas ou sociais”, comemora Iloir.
Parceria
Com mais essa parceria, a relação entre o BRDE e o Grupo Ceriluz já representa ao redor de R$ 283 milhões em investimentos na geração de energia através de pequenas e grandes hidrelétricas. O banco já participou de outros seis projetos da cooperativa que respondem pela geração de mais de 45 MW.