Câmara Setorial do Trigo do Rio Grande do Sul alerta governos sobre medidas de apoio às culturas de inverno

O período atual é de plantio do trigo no Rio Grande do Sul. Em Ijuí e região a área cultivada está entre 25 e 30%. Para auxiliar os agricultores em reivindicações, a Câmara Setorial do Trigo do Estado elaborou um documento de alerta, com temas mais preocupantes para a cadeia produtiva do trigo e culturas de inverno no território gaúcho.

O diretor do Departamento de Governança e Sistemas Produtivos da secretaria estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Paulo Roberto da Silva, disse para a RPI que as proposições foram encaminhadas para órgãos governamentais.

Um dos pedidos é de maior volume e disponibilidade de crédito para custeio, com juros compatíveis para a implantação das culturas de inverno, especialmente o trigo. Até porque, o atual plano safra do governo federal termina dia 30 deste mês e ainda não há detalhes do novo plano safra, período 2023/2024. Porém, Paulo Roberto observou que as instituições bancárias informaram que haverá recursos para sequência da safra de inverno. No entanto, também é preciso garantia de juros acessíveis.

Em função das últimas estiagens, ocorreu elevação do custo do prêmio do Seguro Rural, diante disso, também é fundamental alocação de mais dinheiro para a subvenção ao Prêmio do Seguro Rural e revisão das coberturas. E isso também se torna fundamental devido à previsão de bastante chuva, especialmente a partir de setembro, quando o trigo vai estar em granação, o que poderá gerar problemas na cultura.

Ontem, às 6 horas e 30 minutos da manhã, Paulo Roberto da Silva ampliou esses assuntos durante entrevista no programa Progresso Rural da RPI. Ainda destacou que a tendência de redução dos preços do trigo a valores de mercado abaixo do preço mínimo traz apreensão em relação à liquidez da próxima safra. Com isso é imprescindível a dotação orçamentária para atender possíveis demandas por recursos para apoiar a comercialização da próxima safra de trigo.

Outro aspecto é a necessidade de planejamento da Conab, com previsão de orçamento para operar os instrumentos de apoio à comercialização (PEP e Pepro). Paulo Roberto comenta que todos esses mecanismos são essenciais para ajudar com que os alimentos cheguem às gôndolas dos supermercados com preços compatíveis para o consumidor. Hoje, a partir das 22 horas, o Progresso Rural vai ser reprisado no programa Companhia da Noite da RPI. Abaixo, confira entrevista com Paulo Roberto da Silva.