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Câmbio e novo governo americano deverão ser principais influenciadores de preços de comodities brasileiras nesse início de ano

6 de janeiro de 2025

A taxa de câmbio e o novo governo dos Estados Unidos são os principais fatores que vão influenciar o valor das comodities brasileiras, especialmente no primeiro semestre deste ano. Segundo o corretor de cereais, Índio Brasil, proprietário da Solo Corretora de Cereais, de Ijuí, a taxa cambial tem valorização para cima no momento, ou seja, alta do dólar, o que dá expectativa de melhores preços, por exemplo, para soja, milho e trigo. No entanto, se isso ocorrer, vai ser a partir de março para o trigo e maio para soja e milho. No caso da soja, a tendência é do Brasil colher safra histórica, referente ao atual plantio, e a previsão é de nova correção de preço por volta de maio e junho.

Conforme Índio Brasil, nos últimos anos os produtores deixaram para vender soja, em maior volume, a partir de março, pois, normalmente logo após a colheita há muito produto no mercado e fretes com preços mais elevados. No que se refere ao milho, o estoque da safra passada tem capacidade para manter a atual cotação por saca até o mês que vem. Após, devido à entresafra no Rio Grande do Sul e entrada de milho de outros países, a possibilidade é que ocorra acréscimo de preço pago ao agricultor. Já o trigo, pela safra gaúcha de 2024 não ter sido grande e com problemas de qualidade, em meados desse ano as cotações poderão melhorar.

Ontem, às 6 horas e 30 minutos, o corretor de cereais, Índio Brasil, ampliou esses temas durante entrevista no programa Progresso Rural da RPI. Referente ao futuro governo americano, ele frisa que no mandato passado, Donald Trump impôs tarifas à entrada de produtos da China em solo americano, em consequência, o governo chinês retaliou compras nos Estados Unidos. Com isso, os chineses passaram a comprar mais do Brasil. Inclusive, o Brasil foi o maior exportador de milho para o país asiático. Tudo isso, significou elevação do preço de soja e milho aos produtores brasileiros.

Agora, é preciso esperar sobre quais vão ser as atitudes de Donald Trump nesse novo mandato à frente do governo americano. Ele tomará posse dia 20 deste mês. Se o governo Trump novamente criar barreiras para os chineses, a China deverá se voltar para compras de produtos primários da agricultura brasileira. Abaixo, confira a entrevista com Índio Brasil.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí