A atual safra de soja registra percentual bem mais acentuado de ferrugem asiática em relação às duas últimas safras. Isso porque, a doença se dissemina com umidade e calor, justamente o que ocorre no momento, até pelas constantes chuvas. Nos últimos anos, ao contrário, houve estiagens. Em Ijuí, segundo a Emater, há vários casos de ferrugem asiática na soja, especialmente nas lavouras onde a oleaginosa já fechou as carreiras. Nesses casos, a praga aparece na parte baixa na planta.
No começo deste mês, a secretaria de Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul publicou nota circular técnica sobre o monitoramento da ferrugem asiática durante as safras 2021/2022 e 2022/2023. Foram compiladas informações constantes no banco de dados do Programa Monitora Ferrugem RS.
Ontem, às 6 horas e 30 minutos, a pesquisadora da mencionada pasta, Andréia Mara Rotta de Oliveira, ampliou a temática sobre ferrugem asiática e dados referentes ao documento divulgado, durante entrevista no programa Progresso Rural da RPI.
Segundo ela, o acompanhamento da doença, na atual safra, começou no início de outubro e já na primeira semana foi possível identificar esporos da ferrugem, diferente da safra 2022/2023, quando o problema apareceu mais tarde.
A pesquisadora ainda destacou que a extensão da ferrugem asiática depende das condições climáticas, com disseminação pelo ar. Por isso, cabe aos agricultores avaliar as lavouras sobre necessidade de aplicação de fungicida.
No Progresso Rural de ontem pela manhã, Andréia Mara Rotta de Oliveira também alertou sobre a importância do uso racional de agrotóxicos, a fim de reduzir custos e evitar que a doença se torne resistente a fungicidas. O Progresso Rural vai ser reprisado a partir das 22 horas de hoje no Companhia da Noite da RPI. Abaixo, confirma entrevista com Andréia Mara Rotta de Oliveira.