Com 1400 participantes, projeto “Mulheres Empreendedoras” da Unijuí e Governo do Estado muda realidade de mulheres de Ijuí e região

O primeiro trimestre do ano marcou o início de um programa que vem mudando a realidade de milhares de mulheres do estado. Trata-se do “Mulheres Empreendedoras”, programa da Secretaria Estadual da Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social, realizado em parceria com a Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado (Fidene), mantenedora da Unijuí.
Em entrevista à Rádio Progresso, a coordenadora da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica – Criatec, e coordenadora do projeto, Maria Odete Palharini, comemorou o resultado dos primeiros meses de execução do programa e explicou sobre os objetivos do projeto. Os cursos acontecem gratuitamente, de forma online, com 1.680 horas e metodologias acessíveis. A capacitação integra ainda seis meses de consultorias individuais. São 28 turmas, 1,4 mil mulheres, sendo que a primeira etapa, com 14 turmas, começou em fevereiro e vai até o mês de junho, e a segunda acontecerá a partir de agosto. Atualmente o curso já está capacitando a 12ª turma.

Segundo Maria Odete, no ano passado, quando o Estado lançou o edital, a meta era selecionar uma instituição que tivesse condições de levar esse conhecimento às mulheres, e a Unijui foi contemplada. Dessa forma, a universidade recebeu R$ 350 mil para investir no programa, composto por qualificações que estimulam a participação feminina nos processos de geração de trabalho e renda. A coordenadora explicou que as ações são voltadas a dois diferentes grupos: as mulheres que já empreendem e desejam se qualificar, e aquelas que tem o desejo de ingressar no empreendedorismo. Para as que já são empreendedoras o trabalho é desenvolvido através de consultorias com especialistas por exemplo, inclusive individualizadas. Às mulheres que desejam ingressar no mundo do empreendedorismo, as ações são voltadas em identificar oportunidades e nichos de mercado, por exemplo.

Segundo Maria Odete, um fator que chamou bastante atenção é que 70% das mulheres que integram o programa possuem formação acadêmica, o que reflete a carência do trabalho voltado ao empreendedorismo durante a graduação. Além disso, em apenas duas semanas as 1400 vagas disponíveis foram preenchidas. 

Para a próxima etapa do projeto, que começa em Agosto, já existe uma lista de espera, por isso, no início da segunda etapa, será realizada uma nova seleção com as vagas remanescentes.