Chamado de “Julho Amarelo”, este é um mês especial no que se refere a luta contra as hepatites virais. A campanha foi instituída no Brasil em 2019 com a finalidade de reforçar ações de vigilância, prevenção e controle da doença.
Integrando o movimento nacional, o Serviço de Atendimento Especializado de Ijuí (SAE) promove, nas duas próximas quintas-feiras, ou seja, dias 21 e 28, em conjunto com a Vigilância Sanitária, ações de conscientização através da distribuição de fôlderes aos estabelecimentos com salões de beleza. Os profissionais também vão orientar a população em geral sobre a doença.
Atualmente, o SAE de Ijuí atende 198 pacientes com hepatite B e 62 com hepatite C. Todos são de Ijuí.
As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. São infecções que atingem o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. A doença pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.
Na maioria das vezes são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, elas podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas. Contudo, por nem sempre apresentarem sintomas, grande parte das pessoas desconhecem ter a infecção. Isso faz com que a doença possa evoluir por décadas sem o devido diagnóstico.
O avanço da infecção compromete o fígado, sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e à necessidade de transplante do órgão. O impacto dessas infecções acarreta aproximadamente 1,4 milhões de mortes anualmente no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada às hepatites.
O SAE oferece testes rápidos para a detecção da infecção pelos vírus B ou C, que estão disponíveis para toda a população. Todas as pessoas precisam ser testadas pelo menos uma vez na vida para esses tipos de hepatite. Populações mais vulneráveis precisam ser testadas periodicamente.
Além disso, ainda que a hepatite B não tenha cura, a vacina contra essa infecção é ofertada de maneira universal e gratuita no SUS, nas Unidades Básicas de Saúde. Já a hepatite C não dispõe de uma vacina que confira proteção. Contudo, há medicamentos que permitem sua cura.