Com carteira do artesão, mais de 400 indígenas garantem seus direitos econômicos na região

A sessão da Câmara de Vereadores dessa segunda-feira (24) começou prestando uma homenagem aos 30 anos da Feira Estadual do Artesanato organizada pelos artesãos de Ijuí com o apoio do município. Segundo o vereador Bira Erthal, que propôs a homenagem, existem artesãos com mais de 40 anos de atividades em Ijuí, que merecem o devido reconhecimento, tanto pelo auxilio na economia do município quanto pelo trabalho realizado ao longo desse período.
Tania Veiga, representando o Programa Gaúcho do Artesanato da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) trabalha há mais de 30 anos no programa e é responsável pela emissão das carteirinhas do artesão. Segundo ela, existem três tipos de carteira: a carteira estadual, a nacional e a de mestre do artesão, que habilita a pessoa a dar aulas em grupos de trabalho de artesanato. Segundo Tania, há dois anos o programa começou a trabalhar com a área indígena e nesse período já emitiram 400 carteiras de artesanato indígenas na região, resultado de parceria com a Emater. Ela lembra, em sua fala, que o artesanato indígena é o mais puro, feito de forma manual e com materiais da natureza.
Os 44 municípios da Emater regional, sediada em Ijuí, congregam a maior população indígena do Rio Grande do Sul, especialmente na região Celeiro. Na reserva da Guarita, entre os municípios de Redentora, Tenente Portela, Erval Seco e Miraguaí, são em torno de 7 mil famílias. Já no município de São Valério do Sul está localizada a reserva Inhacorá, onde quase metade da população é Kaingang. Em Salto do Jacuí estão indígenas Kaingang e Guarani.