Cooperativas gaúchas faturam R$ 81,9 bilhões em 2022

As cooperativas gaúchas registraram faturamento recorde, com R$ 81,9 bilhões em 2022, um incremento de 14,9% frente ao ano anterior. Os dados integram o levantamento divulgado pelo Sistema Ocergs, nesta quarta-feira (28), no Tá na Mesa da Federasul. A Expressão do Cooperativismo Gaúcho (ano-base 2022) confirma a posição de destaque do setor no Rio Grande do Sul, que reúne mais de 3,5 milhões de associados, principalmente dos ramos agropecuário, saúde, crédito e infraestrutura.

“Os números confirmam a força do cooperativismo. Enquanto a recessão bate à porta em outros países, nosso sistema cresce – em faturamento e em número de associados, de 3,2 milhões para 3,5 milhões em um ano. Empregamos mais de 76 mil pessoas e isso leva progresso na ponta. Municípios que sediam cooperativas apresentam níveis de educação e renda mais altos do que o restante do Estado”, observa o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann.

A pesquisa também demonstra a eficiência econômica das cooperativas gaúchas, que assinalaram crescimento de 19,2% nas sobras apuradas, atingindo o valor de R$ 4,3 bilhões. O ramo agropecuário impulsionou o crescimento – as cooperativas do agro registraram um faturamento de R$ 52 bilhões em 2022, o que representa 63,5% do total dos sete ramos de cooperativismo no Rio Grande do Sul: agropecuário, crédito, saúde, infraestrutura, transporte, trabalho, produção de bens e serviços, e consumo. Já as sobras correspondem a 26,6% do total dos ramos.

A solidez do sistema cooperativista estadual também se comprova na evolução do patrimônio líquido, que em 2022 cresceu 16,2% e alcançou R$ 28,1 bilhões, refletindo as boas práticas de gestão nas cooperativas. Em relação aos ativos, o cooperativismo gaúcho registrou um acréscimo de 20,1%, alcançando a marca de R$ 149,6 bilhões.
“As cooperativas gaúchas, mais uma vez, superaram as expectativas e provaram, com resultados positivos, que a chave do sucesso está na colaboração e na construção conjunta. E nesse cenário, o cooperativismo tende a seguir em ascensão, uma vez que as crises fazem com que mais pessoas se aproximem de soluções coletivas, como as apresentadas em nosso modelo de negócio”, destaca o presidente.