Cpers rejeita proposta salarial do Estado e anuncia mobilizações

O Cpers/Sindicato, que representa os professores e funcionários de escolas estaduais do Rio Grande do Sul, rejeitou, ontem, durante assembleia, em Porto Alegre, a proposta do governo estadual de reajuste dos salários em 9,45%. A categoria exige que o Estado conceda 14.95% de aumento, mesmo índice dado pelo governo federal ao piso nacional do magistério.

Agora, o Cpers vai fazer mobilização na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, pois o Estado protocolou, nesta semana, a matéria de 9,45% no parlamento gaúcho. A diretora do 31º núcleo regional do Cpers, com sede em Ijuí, Teresinha Melo, explica que na próxima terça-feira haverá ato na Assembleia Legislativa para pressionar os deputados a não votarem o projeto original do governo Eduardo Leite.

O núcleo regional do Cpers ijuiense recebe inscrições de interessados em se dirigir para a Capital Gaúcha terça-feira que vem a fim de participar da mobilização no parlamento gaúcho. Teresinha Melo ressalta que agora a pressão também se dirige aos deputados estaduais. Além de exigir os 14,95% de reajuste salarial, o Cpers quer que esse índice se estenda para para professores que perderam a paridade e funcionários de escola, excluídos da proposta do Estado.

O Cpers não descarta realizar paralisações mais amplas, no entanto, no momento o foco é mobilizações com deputados e ainda junto do Executivo estadual. Dia 22 deste mês, haverá dia nacional de paralisação e luta pelo piso salarial e carreira, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, a CNTE.

Além da pauta salarial, professores e funcionários de escolas estaduais, na assembleia de ontem, aprovaram a pauta de reivindicações da educação para 2023, em temas que abrangem a carreira, defesa do IPE Saúde público, condições de trabalho e de estrutura das escolas estaduais, ainda questões pedagógicas como a luta pela revogação do Novo Ensino Médio.