A Unijuí, a partir do Programa de Melhoramento Genético de Grãos, teve a aprovação da proteção da cultivar URNRS22 (cultivar de aveia branca), pelo Ministério da Agricultura. A aprovação foi publicada a partir de um parecer técnico emitido pelo Serviço Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC) na última semana. A aprovação da patente garante que a constituição genética seja propriedade exclusiva da Fidene e pertença intelectualmente à Universidade.
O coordenador do Programa de Melhoramento Genético de Grãos, professor Ivan Ricardo Carvalho, explica que todo o trabalho para o desenvolvimento da cultivar levou cerca de 6 anos e foi construído a partir do trabalho de várias pessoas. “Nós desenvolvemos após muitos anos de seleção, que foi intensificada a partir de trabalho de campo, avanço de gerações, hibridações, obtenção das linhas segregantes, seleção de inverno e verão, onde se vislumbrou uma cultivar que tivesse uma ampla aptidão para biomassa, grãos e para a cadeia produtiva animal”, ressalta.
O professor detalha que a variedade de aptidões da cultivar é o grande diferencial, pois possibilita o seu uso nos diferentes nichos de mercado. Segundo Ivan, tanto o curso de Agronomia quanto o curso de Medicina Veterinária da Unijuí fazem o uso da cultivar para pesquisas internas e externas, em diferentes regiões. “A Universidade vai ter um papel fundamental de protagonista por fornecer material genético de qualidade para a toda a região Noroeste. Somos a primeira Universidade Comunitária a ter essa cultivar de aveia branca, o que é bem significativo”, destaca.
Para o Programa de Melhoramento Genético de Grãos, conforme relata o coordenador, a aprovação da proteção à cultivar tem grande importância. “Isso representa muito, pois possibilita captar recursos e mostra que o trabalho de todas as pessoas que está sendo fornecido aos produtores é de qualidade”, relata.
Além da cultivar de aveia branca, o Programa de Melhoramento Genético de Grãos já conta com outra patente aprovada, que é de linhaça. A terceira, segundo o professor, está sendo desenvolvida, que é de soja marrom, a qual deve ser encaminhada para a aprovação da patente posteriormente. A ideia é lançar uma por ano para suprir a demanda de toda a região e melhorar a cadeia produtiva da agropecuária e agricultura local.