Mesmo com as intensas chuvas do atual período, o levantamento do escritório regional da Emater, com sede em Ijuí, aponta baixo prejuízo financeiro em relação às lavouras de inverno, dentre os 44 municípios de abrangência.
O agrônomo, Gilberto Bortolini, explica que houve alagamentos em algumas áreas, perda de solo e erosão, porém, problemas não muito significativos se avaliar o total de hectares plantados. No entanto, ele alerta que é preciso esperar para verificar se o trigo, principal cultura do período, vai apresentar doenças pelo excesso de chuva, o que pode acarretar em maior quebra financeira.
O boletim semanal divulgado hoje pelo escritório regional da Emater, sediado em Ijuí, aponta que em relação ao milho, nas áreas semeadas entre 28 a 30 de agosto, dias que antecederam as chuvas torrenciais, foi observado erosão do solo, principalmente nos pontos de convergência do terreno e nos locais de trânsito de máquinas. Nestes locais, a emergência das plantas é uniforme, mesmo com grandes volumes de precipitação climática.
A sequência de dias com chuva beneficiou a emergência da cultura. Segue intenso o monitoramento de cigarrinha do milho nas lavouras emergidas e com captura diária nas armadilhas. Nas lavouras de milho semeadas na primeira quinzena de agosto, os agricultores efetuam aplicação de adubação nitrogenada. O plantio do milho atinge 46% do esperado dentre os 44 municípios.
No trigo, canola e aveia há pequenos danos, visto o acamamento de plantas. Na aveia branca, que está com pouco mais de 15% em maturação, a cultura apresenta bom desenvolvimento, mesmo com o longo período de alta umidade e os grandes volumes de chuva. Existe pouca incidência de ferrugem da folha e de manchas foliares.