Os dados sobre prejuízos causados na agricultura de Ijuí, em razão das últimas enxurradas, são difíceis de quantificar. O agrônomo da Emater, Douglas Iske, explica que a soja, principal cultura da época, estava praticamente toda colhida mês passado, quando houve as fortes chuvas. Ficaram entre 300 e 500 hectares para colher após as chuvas, trabalho já realizado.
Mesmo com perda de qualidade, a soja recentemente colhida não reduz a média geral de rendimento em Ijuí, que nessa safra ficou em 60 sacas por hectare. Nas áreas próximas a rios ou baixadas, onde geralmente se acumula água com fortes chuvas, a maioria dos agricultores ijuienses colheu a oleaginosa antes das chuvas ou até nem plantou nesses locais.
Douglas Iske ressalta que também ocorreu perdas em outras produções, por exemplo, olerícolas, além erosão nas lavouras e problemas em estradas. Já o secretário de Desenvolvimento Rural de Ijuí, Émerson Pereira, acredita que somente com as chuvas das últimas três semanas, os danos superam um milhão de reais. Além do que foi destacado por Douglas Iske, o secretário Émerson frisa perda de adubação nas lavouras, ainda prejuízos em aveia e pastagem.