Não só ganhar dinheiro, mas também mudar para melhor a sociedade e ampliar a relação de parceria entre empresários, funcionários ou colaboradores, fornecedores, clientes e demais pessoas ligadas aos negócios. Esse é um dos principais objetivos do capitalismo consciente, movimento que se amplia no Brasil e no mundo. Um dos fundadores dessa iniciativa, Thomas Eckschmidt, concedeu entrevista hoje pela manhã na RPI.
Ontem à noite, a convite da Sicredi das Culturas, ele palestrou no salão de atos do campus da Unijuí, em Ijuí. Durante e entrevista, Thomas Eckschmidt esclareceu que o capitalismo consciente é uma filosofia quase natural do empreendedor, que precisa reconhecer a interdependência com todos que estão à sua volta na questão dos negócios.
Isso vale também para o agronegócio, área muito extensiva na região de Ijuí. Eckschmidt comentou que a agricultura é bastante exemplar no capitalismo consciente, pois o produtor não produz só para si, mas alimenta o mundo e, assim, influencia na sociedade. O entrevistado pediu para que as pessoas e, especialmente, empresários ou empreendedores pensem sobre qual legado querem deixar para a sociedade e que reavaliem qual eram os objetivos quando implantaram os negócios. “Deixar uma pegada mais positiva”, ressaltou Thomas Eckschmidt.
Também participou da entrevista nesta manhã na Progresso o diretor de negócios da Sicredi das Culturas RS/MG, Cristiano Ourique. Ele observou que a Sicredi possui iniciativas no segmento de capitalismo consciente, por exemplo, a campanha Invista no Bem, em que a cada investimento feito pelos associados, a instituição financeira doa recursos financeiros para entidades assistenciais. O dinheiro é da própria Sicredi, ou seja, não sai do bolso do associado. Ourique ainda frisou que ano passado a Sicredi das Culturas entregou mais de 30 mil soluções financeiras e cerca de 2/3 desse total serviram para realizar sonhos e criar novos empreendimentos ou melhorar núcleos familiares.