O delegado titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Ijuí, Rogério Auler, afirmou que a principal hipótese sobre a linha de investigação da morte de Jussara Scartão Fagundes Muller, que teve confirmada sua morte cerebral na manhã desta quinta-feira, 2, é feminicídio.
Segundo a autoridade policial, o trabalho investigativo iniciou ainda na segunda-feira, 30 de janeiro, quando ela deu entrada no Hospital de Caridade de Ijuí (HCI).
“A investigação sobre esse caso está sendo feita pela DEAM. Nós iniciamos o trabalho investigativo ainda na segunda-feira, imediatamente após tomarmos conhecimento do fato, uma vez que a mulher deu entrada no HCI com várias lesões e vários hematomas e acabou sendo submetida a um procedimento cirúrgico na UTI, em razão de uma lesão cerebral. Nós temos, ao menos, mais uma perícia a ser realizada, algumas em andamento, sendo várias já solicitadas, sendo a principal perícia a ser realizada a necropsia, que trará mais elementos de informações, somada as outras que já temos. Mas, a linha de investigação é sim o feminicídio e, se a necropsia confirmar isso, será a linha que daremos sequência”, explicou o delegado.
Jussara, que possuía quase 60 anos, trabalhou como enfermeira no HCI até sofrer um acidente, perder uma parte da massa encefálica e, por conta disso, ter se aposentado por invalidez. Ela residia, junto com o marido, no Centro de Ijuí. Segundo informações repassadas à RPI, ela teria sido agredida no sábado, 28 de janeiro, mas socorrida somente na madrugada da segunda-feira. O principal suspeito é o marido. A família doará os órgãos de Jussara.