Nesta sexta-feira, 14, será celebrado o Dia Mundial do Ovo. A data é comemorada anualmente em todo o planeta, sempre na segunda sextas-feira de outubro de cada ano. No Brasil, as celebrações acontecem em todo o país, envolvendo produtores, entidades estaduais da avicultura, membros do Instituto Ovos Brasil, apreciadores e entusiastas da proteína animal cujo consumo mais cresceu nos últimos quinze anos.
De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2007, cada brasileiro consumia 131 unidades por ano. Atualmente, o índice praticamente dobrou: são 257 unidades anuais por pessoa, conforme último levantamento setorial, realizado em 2021.
De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, que também preside o conselho administrativo do Instituto Ovos Brasil, os investimentos em produtividade e as campanhas de esclarecimento sobre as propriedades do produto foram determinantes para que o ovo se transformasse em alimento prioritário na dieta média da população brasileira.
“Antes haviam estigmas severos sobre o ovo, com informações equivocadas relacionando-o ao aumento do colesterol e outros malefícios à saúde. No início da década passada, a ciência entrou em campo e reverteu esta desinformação, mostrando que, na verdade, o ovo é o alimento mais completo na natureza, depois do leite materno. A partir disso, um amplo trabalho de esclarecimento pautado por informações científicas e pela ampliação da capacidade produtora do Brasil permitiu disponibilizar à população oferta de produtos que superam a média global de consumo, que é de 230 unidades”, analisa Santin.
Hoje, o Brasil é o sexto maior produtor de ovos do planeta. Por segundo, são produzidos no país 1,743 mil ovos, tendo como base a produção total de 2021, com 54,973 bilhões de unidades. Os principais estados produtores são São Paulo (29,6% do total), Minas Gerais (10,5%), Espírito Santo (9,1%), Pernambuco (8,1%) e Rio Grande do Sul (5,8%), mas há polos de produção espalhados de norte a sul do país.
Em torno de 99,5% da produção nacional é destinada ao mercado interno, sendo exportado apenas 0,5% do total. Apesar disso, o produto brasileiro tem conquistado cada vez mais espaço no mercado internacional, com exportações acumulando alta de 13,5%.
“O ovo é, hoje, estratégico para a segurança alimentar do Brasil, com praticamente toda a produção destinada às nossas gôndolas. Entretanto, com as fortes altas nos custos de produção e os preços históricos do milho e do farelo de soja, o setor viu no mercado internacional uma oportunidade de equilibrar as contas, o que também tem gerado divisas importantes para o país. Com a melhora nos estoques de passagem de grãos este ano, esperamos que ocorra uma melhora na competitividade do ovo, mantendo o papel de proteína acessível e fundamental para a nutrição da população brasileira”, completa Santin.