Com opiniões fortes, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, abordou temas polêmicos durante entrevista concedida ao programa Rádio Ligado. Dentre os questionamentos, a pastora foi instigada a falar sobre a presença de mulheres trans no esporte feminino.
“Isso pra mim não é direito. É sabotagem. É vergonhoso. Nascer neste planeta diz o seguinte: o homem é mais forte que a mulher fisicamente. Não questionem biologia. No dia que isso mudar eu mudo meu discurso”, disse.
A ministra sustentou que tem uma posição muito firme sobre o tema e destacou que há complexidade em abordá-lo. Disse ainda que “não é por causa de um número pequeno que as regras precisam ser mudadas”.
“Sabe por que o homem foi feito mais forte que a mulher? Para protegê-la com sua força física. O macho protege a fêmea. Mas infelizmente os homens utilizam sua força física para machucar mulheres e agora usam a força física para sabotar mulheres. A questão da trans, competir com mulheres, acho que já passou do absurdo. Precisamos rever isso. Tem o time de trans. Que eles possam competir no mesmo nível de força. Se não tem força suficiente para competir com os homens por que vai ter que competir com as mulheres?”, concluiu.
Caso Maurício de Souza
A ministra também comentou sobre o caso Maurício de Souza, jogador de vôlei demitido do Minas Tênis Clube. O jogador fez em uma rede social um comentário a respeito da orientação sexual de um personagem de história em quadrinhos, o filho do Super-Homem, que é bissexual.
O caso começou em 12 de outubro, quando Maurício Souza publicou em seu Instagram um print da notícia “Superman atual, filho de Clark Kent, assume ser bissexual”, com a imagem do beijo gay do super-herói nos quadrinhos. Na legenda, o jogador de vôlei escreveu: “É só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”. Damares disse que não se posicionou publicamente sobre as declarações porque fala sobre isso o tempo todo. Para ela, houve um exagero na punição.
“Quem lê a frase dele é uma expressão do que ele pensa. Não foi violento. Gente, é uma confusão na mente da criança. O super-homem é ou não é homem? O super-homem é ou não é mulher? Por que a liberdade de expressão é pra um e não é pra outro? Deveremos ter um debate sobre isso. Não poderíamos ter discutido sem as agressões? Poderia ser um episódio educativo, mas foi um episódio de crucificação”, disse a ministra.