A distância que separou um empate entre Edegar Pretto (PT) de Eduardo Leite (PSDB) foram 2.441 votos na disputa em primeiro turno pelo governo do Estado. Os 1.702.815 votos feitos pelo tucano, ou 26,81%, o habilitaram a disputar o segundo turno com Onyx Lorenzoni (PL) que recebeu 2.382.026 votos (37,50%). Pretto, com 1.700.374 votos (26,77%) ficou de fora do segundo turno.
Durante entrevista à Rádio Progresso, o petista agradeceu seus eleitores. Pretto ressaltou o apoio de referências do PT como Olívio Dutra, Paulo Paim e Tarson Genro e informou que seu nome foi colocado à disposição após encontros regionais o indicarem como candidato. O deputado estadual informou não estar frustrado com o resultado, mas criticou as pesquisas. Na noite de sexta-feira, o IPEC divulgou que ele teria 18% das intenções de voto, enquanto Eduardo Leite estava com 36% e Lorenzoni com 27%.
“As pessoas aceitavam a nossa candidatura. No momento que as pessoas ficaram conhecendo os meus projetos, aumentava o número de adeptos à minha campanha. A minha opinião é que temos que fazer uma revisão às normas para os institutos de pesquisa. Não pode às vésperas das eleições virem pesquisas tão distorcidas. Não é choradeira de quem perdeu, mas eu fui o mais prejudicado com tudo isso. Precisamos que os institutos de pesquisa avancem junto com a tecnologia e forneçam dados mais próximos da realidade”, lamentou.
Ao falar no programa Rádio Ligado, Preto revelou que Eduardo Leite o ligou. Ele forneceu alguns detalhes dessa conversa. “Tivemos a primeira conversa e voltaremos a conversar pessoalmente, com o olho no olho. Ele me disse que é importante o nosso apoio e disse que é importante o apoio dele ao presidente Lula. O Brasil do jeito que está não pode continuar. Queremos paz para o país. Da minha parte não queremos uma intervenção no governo do Leite e a questão do presidente Lula é fundamental. Mas essa não é uma decisão minha e sim do meu partido comandado por Lula”, destacou.
O deputado estadual disse que continua com a posição muito forte contrariando às privatizações. “É uma irresponsabilidade vender a Corsan que está presente em 318 municípios”, concluiu.