Com o intuito de trazer a perspectiva de quem esteve participando dos atos políticos em Brasília, no domingo, 8, a empresária Andrea Bohrer Viecilli foi ouvida na manhã desta terça-feira, 10, pela Rádio Progresso. A moradora de Santo Ângelo foi à Capital Federal com um ônibus ocupado por pessoas da região como Ijuí, Santa Rosa, Três Passos e Santo Cristo.
“Saímos da região e chegamos no domingo, às 10h. Era para ser um ato com mais de 1 milhão de pessoas para abraçar a sede dos três poderes e fazer um ato pedindo o código fonte das urnas. Havia pessoas que estavam nos QG’s há 65 dias e não tinha tumulto nenhum. Quando cheguei ao meio-dia tinha um cara da polícia militar que nos disse que ira nos escoltar até a esplanada. O ato era para ser na segunda, mas eles nos escoltaram e deram duas faixas para os pedestres”, disse Andrea.
A empresária informou que todos foram revistados antes da entrada na esplanada. “Nem álcool gel passava. Não tinha ninguém armado. Havia pessoas de idade, crianças e adolescentes caminhando junto conosco. A maioria não tinha a intenção de quebrar nada. Tinha gente infiltrada. Foi algo muito triste porque foi perdido o controle”, destacou.
A ideia inicial do grupo, era de apenas protestar. “Começamos observar o pessoal jogar lixo no chão. Isso não é um hábito dos manifestantes nossos. Havia muita gente infiltrada”, repetiu.
Conforme Andrea, ela viu muitas pessoas sendo presas. “Eles não vinham em quem estavam atirando. Nunca usaram esse aparato para combater o crime organizado, mas contra o pessoal desarmado usaram”, comunicou.
Sobre a punição às pessoas que quebraram, a empresária pede que a justiça seja feita. “Que desembolsem o que trouxeram de prejuízos. Não é um ato que os nossos patriotas iriam fazer. Mas teve gente que entrou e quebrou e jovens que foram atrás. Não entramos em uma propriedade que não nos pertence. Foram de gaiato. Induzidos a ir juntos com o resto. Aquilo lá parecia um apocalipse”, disse Andrea, a qual afirmou que não teve patrocínio para o deslocamento à Brasília.
Para concluir, Andrea disse: “não acreditem no que a Globo está falando. Filmei o pessoal sendo alvejado pela polícia. Tenho imagens”.