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Encontro na Famurs resulta em carta e possibilidade de movimento em Brasília em defesa dos agricultores

16 de junho de 2025

Prefeitos do Rio Grande do Sul deverão realizar movimento em Brasília na primeira semana do próximo mês, em defesa da securitização das dívidas agrícolas dos agricultores gaúchos. Esse foi um dos encaminhamentos da reunião realizada hoje à tarde na Famurs – Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul – que reuniu prefeitos, vereadores, deputados, senador Luis Carlos Heinze, inclusive o governador, Eduardo Leite, e entidades rurais, como Fetag, Fecoagro e Farsul.

O presidente da Amuplam – Associação dos Municípios do Planalto Médio – e prefeito de Jóia, Dionei Lewandowski, participou do encontro e frisa da possibilidade de mobilização na Capital Federal, pois no início de julho os ministros da Fazenda e Agricultura estarão presentes em reunião no Congresso Nacional, por isso, momento de fazer pressão.

E durante o evento desta segunda-feira na Famurs, foi relatado que nos últimos cinco anos, o Rio Grande do Sul foi impactado por eventos climáticos extremos que causaram perdas agrícolas bilionárias. Em 2024, a tragédia das enchentes atingiu diretamente mais de 200 mil propriedades rurais e causou prejuízos estimados em 4 bilhões e 100 milhões de reais apenas na agricultura. As perdas acumuladas no setor desde 2020 já ultrapassam os 92 bilhões de reais.

O encontro resultou em dois documentos. Um deles, se trata de uma carta aberta ao Governo Federal que cobra medidas emergenciais e estruturais para enfrentar o alto nível de endividamento rural que atinge os agricultores gaúchos.

Confira a carta elaborada durante o encontro da Famurs

Uma das principais medidas sugeridas na carta é o alongamento dos débitos dos produtores rurais por 20 a 25 anos, com juro limitado a 3%. A carta ainda propõe a criação de um fundo garantidor para as operações de crédito rural, linhas de financiamento com juros subsidiados, investimento em infraestrutura de armazenamento e irrigação, além de medidas para facilitar a importação de insumos.

Além disso, foi solicitada a manutenção do acesso ao crédito rural para os próximos anos, pelo Governo Federal, através da garantia dos bancos em renegociação de acesso normal ao crédito oficial sem restrições. Ainda se destaca na carta, elaborada no encontro da Famrus, a ampliação emergencial dos limites do Proagro para 500 mil reais por CPF, acelerando o pagamento de parcelas em atraso e com dispensa de vistorias presenciais em áreas com decreto de calamidade reconhecido neste mês, conforme decreto estadual.

Outro pedido é a criação de linha de crédito emergencial com juros de 3% ao ano para custeio da safra 2025/2026, com limite de 500 mil reais por produtor e carência de 12 meses, garantida pelo FGO em até 80%. Desde 2020, foram reconhecidos pela União 2.895 decretos municipais de situação de emergência ou calamidade pública no Rio Grande do Sul.

 

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí e Famurs
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