O projeto do Executivo que busca alterar pontos na atuação de protetores e demais apoiadores da causa animal em Ijuí segue repercutindo. Após a protocolação de uma emenda do legislador Bira Erthal (PL), o projeto voltou a tramitar nas comissões e, com isso, segue sendo analisado pelos vereadores, mas sem previsão de voltar para a votação.
Para o militante da causa animal e suplente de vereador – que por um período, inclusive, esteve na Câmara de Vereadores na análise desse projeto – Antônio Hintz de Lima (Progressistas), que concedeu entrevista à Rádio Progresso de Ijuí nesta sexta-feira, 27, a iniciativa não agradou aos protetores.
“Ficou meio duvidoso (o projeto da causa animal), por isso nós da causa animal, integrantes de ONGs, apoiadores, protetores, simpatizantes da causa, entendemos que não seria viável para nós a alteração do Projeto de Lei, porque essa mudança tirava muitos direitos dos animais e transferia muitos deveres aos protetores e às ONGs”, coloca Hintz de Lima.
Uma das principais divergências do projeto é a faixa de renda das famílias protetoras, que reduziria dos atuais três salários mínimos, para meio salário mínimo, entre as que pudessem pleitear o auxílio. “Diante disso, nós entendemos que não poderíamos alterar para tão baixo esse valor, pois atingiríamos um número muito pequeno de famílias e de animais contemplados para fazer esse trabalho de atendimentos veterinários, castrações, todo o trabalho que vínhamos fazendo”, explica o ativista.
Outra divergência colocada por Hintz de Lima no projeto é a mudança de responsabilidade, passando para os protetores questões como guarda e cuidado dos animais atendidos, atribuição que na legislação é preconizada pelo poder público. O ativista pondera, no entanto, que há também a necessidade de haver fiscalizações para que situações de canis sem cuidado com os animais, como já aconteceu em Ijuí, não se repitam.
Confira a entrevista completa