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Estudo de senador Heinze para irrigação ainda não saiu do papel na região de Ijuí

27 de novembro de 2025

O senador gaúcho pelo Progressistas, Luiz Carlos Heinze, foi um dos palestrantes do Tá na Mesa, da Federasul, nesta quarta-feira (27), cujo tema era irrigação. O parlamentar falou sobre as soluções para o problema de reservação de água no Rio Grande do Sul, frequentemente atingido pelas mudanças climáticas, seja com falta ou excesso de chuva. Desde 2023, Heinze ressalta que um projeto está em andamento para mapear e marcar os açudes em quatro regiões do Estado: planalto, missões, celeiro e noroeste. Estão levantados dados, por georreferenciamento, de quase 10 mil açudes que irrigam mais de 500 mil hectares. Porém, a dificuldade encontrada pelo senador é a respeito do financiamento. Heinze solicita a parceria das prefeituras que possam ir até as propriedades onde existem esses açudes e fazer a marcação física e apresentar aos produtores a possibilidade de reservação de água.

Em 65 municípios das quatro regiões, o trabalho liderado por engenheiros agrônomos, custaria pouco mais de um milhão de reais para a demarcação dos locais. O senador tem liberado, a partir de emendas, recursos, mas pede o auxílio dos prefeitos. A região de Ijuí, que inclui 18 municípios, junto com São Borja, é a mais atrasada. Já que as contrapartidas das prefeituras não foram pagas aos técnicos. Para a região de Ijuí, Luiz Carlos Heinze liberou 160 mil reais e faltariam mais 100 mil reais para a conclusão do estudo. As contrapartidas não foram pagas, segundo o senador, porque houve questões envolvendo a licitação feita para realizar os pagamentos. Depois do estudo realizado, cabe ao produtor, fazer o investimento na propriedade para a instalação dos equipamentos. O custo é bastante elevado e o total de recursos necessários da iniciativa privada é de R$ 12 bilhões. O Governo do Estado tem projetos como o irriga mais, que subsidia 20% do projeto na propriedade, com teto de 100 mil reais por produtor. Uma terceira etapa está sendo preparada para ser lançada, conforme o secretário de agricultura do RS, Edivilson Brum.

Estiagens causaram muitos prejuízos a economia gaúcha

O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, apresentou na Federasul os prejuízos econômicos da agricultura gaúcha desde 2020. Ao comparar as estimativas da produção de arroz, milho e soja com o resultado efetivo dos grãos, as perdas chegam a 48,6 milhões de toneladas. Segundo o economista, deixaram de circular 500 bilhões de reais no Rio Grande do Sul por conta dessas perdas, decorrentes das mudanças climáticas, seja pela enchente, seja pela estiagem. Nos últimos anos, a safra só foi positiva no estado em 2021, nos outros anos, as estimativas não foram alcançadas. Antônio da Luz também fez o exercício de medir o impacto das quase 50 toneladas de perda: colocando esse volume em uma carreta bitrem de 30 metros, seriam necessários mais de 850 mil para carregar todas as perdas. Se fosse colocado em uma fila, uma carreta atrás da outra, daria mais de 25.500 km, ou daria para ir e voltar de Porto Alegre a Belém e ainda sobraria espaço para ir de Porto Alegre até Belo Horizonte.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí/Foto: Federasul/Divulgação Facebook
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