Busca rápidaX

MANCHETES

Ex-deputado federal do PP é condenado a pagar R$ 10 mil por dívida com transexual

26 de janeiro de 2020

O ex-deputado federal José Otávio Germano (PP) foi condenado a pagar R$ 10 mil, corrigidos monetariamente, a uma transexual de Porto Alegre. A sentença, proferida em novembro, determina a indenização a Emilly Silveira Dávila a título de “serviços prestados e não pagos”. O ex-deputado disse que não teve oportunidade de se defender e que vai recorrer da decisão.

Emilly entrou na Justiça contra Germano em agosto de 2018, pouco mais de um mês depois de protagonizar um tumulto em frente ao prédio em que o político residia, na Capital. De acordo com a sentença, assinada pelo juiz Mauro Borba, do 4º Juizado Especial Cível, o ex-deputado não compareceu à audiência judicial referente ao processo.

O protesto de Emilly e de uma colega em frente ao edifício em que Germano residia, no bairro Petrópolis, em junho de 2018, levou os moradores a chamarem uma guarnição da Brigada Militar, que tentou negociar o fim do tumulto.

Na ocasião, as transexuais gritavam afirmando estar cobrando uma dívida do político. Após o pagamento de R$ 2,5 mil e alguns minutos de conversa com os PMs, as transexuais aceitaram ir embora mediante a promessa de que o restante da suposta dívida seria pago em breve. 

Depois do tumulto, Germano foi afastado das atividades partidárias pelo PP. Na eleição de 2018, ele não conseguiu se reeleger deputado federal, após quatro mandatos na Câmara.

Na época do protesto em frente ao seu prédio, o político afirmou ser  “vítima de grosseira tentativa de extorsão” e disse que o episódio tratava-se da ação de “pessoas oportunistas” interessadas em  “denegrir sua imagem diante da opinião pública”. 

Em 30 de março de 2016, Germano foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) pelos crimes de corrupção passiva e ocultação de bens no âmbito da Operação Lava Jato. Também já esteve envolvido em 2008, em escândalo de corrupção no Detran do RS, mas conseguiu ficar livre do processo judicial, graças a recurso que impediu o uso de escutas telefônicas que o colocavam no centro da investigação.

Fonte: GaúchaZH.