Fetag promete mobilização caso governo federal não atenda reivindicações, especialmente devido às enchentes

Agricultores gaúchos aguardam encaminhamentos do governo federal, quanto à medidas de apoio, em razão das recentes chuvas e enchentes. Na última quinta-feira, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e o ministro da Agricultura, Carlos Favaro, estiveram em Porto Alegre, quando se comprometeram a enviar ao Congresso Nacional, até o dia 30 deste mês, uma medida provisória que visa atender a pauta dos agricultores que enfrentam endividamento após os eventos climáticos extremos no Rio Grande do Sul.

Segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul, Carlos Joel da Silva, os ministros prometeram desconto para os produtores que perderam parte da safra e das unidades produtivas, ainda anistia para quem perdeu tudo e, para quem não está nas áreas que foram alagadas, por exemplo, Ijuí e região, a ideia é conceder alongamento de dívidas agrícolas.

O presidente da Fetag explica que as entidades agrícolas querem prorrogação dos débitos em 15 anos, com três anos de carência e 12 anos para pagar. No entanto, conforme Carlos Joel da Silva, existem comentários que a União pretende estender as dívidas agrícolas entre 3 a 5 anos, o que é insuficiente. Diante disso, Carlos Joel alertou que vai ser aguardado até o próximo dia 30, para saber detalhes da MP.

Caso as medidas não atendam os pedidos das entidades, serão retomadas mobilizações em Porto Alegre e no interior do Estado, inclusive com possibilidade de utilização de maquinários agrícolas nas ruas. Amanhã, Carlos Joel da Silva vai falar mais sobre essas negociações durante participação no programa Progresso Rural da RPI, às 6 horas e 30 minutos.