Busca rápidaX

MANCHETES

FETAG-RS realiza mobilização, cobra ações e estabalece prazo para auxílio a produtores

11 de dezembro de 2025

A FETAG-RS mobilizou ontem, 10, público estimado em cerca de 2.000 agricultores e pecuaristas familiares em Porto Alegre, ultrapassando a expectativa inicial de 1.500 participantes. O objetivo foi cobrar soluções imediatas para o endividamento e para a crise que afeta setores como leite, arroz e trigo, além de reforçar a necessidade de avanços no seguro rural.

Pela manhã, dirigentes e agricultores estiveram na Assembleia Legislativa, visitando gabinetes de deputados estaduais para solicitar apoio às pautas prioritárias e reforçar a articulação com a bancada federal. A Federação também participou de uma reunião com o superintendente do MAPA, o superintendente do MDA e o superintendente da Conab, cobrando medidas urgentes do governo federal, responsável pelos principais instrumentos capazes de aliviar a situação no campo.

À tarde, durante o ato em frente ao Palácio Piratini, a FETAG-RS reforçou que, além das medidas federais, é fundamental que os programas do governo do Estado cheguem rapidamente na ponta para atender as famílias afetadas pela perda, pelos altos custos de produção e pela dificuldade de permanência na atividade. A entidade também solicitou que o governador intensifique as negociações da pauta federal junto ao governo federal.

O presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva, destacou a gravidade do cenário:
“Produtor nenhum sai de casa num dia de chuva se estivesse tudo bem. Estamos aqui porque o endividamento não foi resolvido e porque os preços do leite, do arroz e do trigo não cobrem os custos de produção. As medidas anunciadas até agora atendem apenas parte dos agricultores, e precisamos de ações completas para todo o setor.”
Ele também alertou para o problema do seguro rural, destacando que produtores estão recebendo cobranças da parte que caberia ao governo pagar.

Sobre os produtos agrícolas, a Federação informa que, conforme repassado pelos representantes do governo federal, devem ser publicadas nesta semana as portarias que permitirão avançar nas medidas já anunciadas para o trigo e o arroz, incluindo a efetivação das compras. No leite, porém, não houve qualquer encaminhamento, apesar da crise agravada pelo dumping das importações. “O setor leiteiro não pode esperar seis meses por análises de protocolo. Nesse tempo, muitos produtores já terão quebrado. Precisamos de medidas imediatas de restrição às importações”, afirmou o presidente.

A FETAG-RS estabeleceu prazo até este mês de dezembro para que as ações federais avancem e os programas estaduais cheguem efetivamente à ponta. Sem respostas, a entidade organizará uma mobilização em Brasília, no mês de janeiro, para cobrar soluções definitivas para o setor.

 

Fonte: RPI e Fetag