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Final do El Niño e início do La Niña: meteorologista da RPI explica como será o inverno no Rio Grande do Sul

31 de maio de 2024

Nos últimos meses, a temperatura da água do Oceano Pacífico vem baixando, o que indica que se aproxima o final do fenômeno El Niño que contribuiu para o aumento da chuva no Rio Grande do Sul. Mas, a transição para o La Niña não acontece nesse momento, já que demora alguns meses para a conclusão dessa transição, ou seja, deve ocorrer somente no final do inverno, que começa, segundo o calendário, no dia 21 de junho.

No entanto, em entrevista à Rádio Progresso nesta manhã (31), a meteorologista da Rádio Progresso, Dra. Camila Cardoso, explicou que as estações do ano são divididas de duas formas: do ponto de vista astronômico, isto é, baseado na posição da Terra em relação ao Sol, e do ponto de vista climatológico, que considera o ciclo anual de temperatura. Ou seja, apesar de o inverno começar oficialmente só no dia 21 de junho, o inverno climatológico inicia amanhã (1º), e terá como principal característica a transição entre uma condição de neutralidade, migrando rapidamente para uma situação de La Ñina. “Até o mês de abril a gente estava sob a regência do fenômeno El Ñino, um El Ñino histórico que trouxe quatro eventos extremos de chuva para o Sul do país, começando em setembro no Vale do Taquari, outubro em Santa Catarina, novembro novamente no Rio Grande do Sul e agora o mês de maio que marcou a história do país”, lembrou a meteorologista.

Quanto ao acumulado de chuvas para o inverno deste ano, segundo Camila Cardoso, a expectativa é de que o volume seja abaixo da média para região de Ijuí, tanto no mês de junho, quanto julho e agosto. Também não será um inverno tão rigoroso, ou seja, as temperaturas vão ficar acima do que é normal para essa época do ano, com frios pouco duradouros e sem muitos episódios de geada. “Os frios não devem durar muito, às vezes não passam muito de um, dois dias na média de frio mais rigoroso e justamente esse padrão de chuvas abaixo da média a gente já vai ver claramente isso agora: a gente não tem quase expectativa de chuva para essa primeira quinzena de chuva”, afirmou a dra. Camila Cardoso.

Questionada se na próxima formação do fenômeno El Niño pode acontecer novamente situações de enchentes, Camila Cardoso disse que não se pode confirmar com exatidão, em razão de que eventos climáticos como esses nunca acontecem de forma isolada, sempre são acompanhados de diversos fatores, conforme ela detalha na entrevista completa que você pode ouvir abaixo:

Fonte: RPI