Só dois anos depois de viver as agruras da Série B, o Inter prepara-se para disputar um título nacional. Mas o caminho até os dois jogos contra o Athletico Paranaense, o primeiro nesta noite na Arena da Baixada, às 21h30min, o outro na próxima quarta-feira, no Beira-Rio, foi difícil, recheado de obstáculos e provações. A reconstrução do Inter que agora pode conquistar o título da Copa do Brasil passou pelos gabinetes antes de chegar ao campo.
Assim como a queda para a segunda divisão não foi fruto do acaso − pelo contrário, foi resultado de uma série de erros da gestão anterior − a volta do clube à condição de postulante das grandes conquistas também é resultado da reestruturação da administração como um todo. Várias iniciativas concederam fôlego, inclusive financeiro, para a reforma do grupo de jogadores e a construção de um time capaz de chegar à final da Copa do Brasil. “O nosso grupo é unido e está mobilizado. Trabalha duro no dia a dia. Está forte e lutará muito para conquistar esse título, que para nós é muito importante”, resume o vice-presidente de futebol, Roberto Melo.
A meta do Inter é conquistar em Curitiba um resultado capaz de trazer a decisão para o Beira-Rio. Para isso, promete atacar o Athetico mesmo o jogo sendo fora de casa. A meta é buscar um resultado parecido com aquele que garantiu na fase anterior, quando venceu o Cruzeiro no Mineirão por 1 a 0 e pôde jogar no Beira-Rio com tranquilidade.
Mas não será fácil. O Inter não tem bom retrospecto na Arena da Baixada, onde só venceu uma vez depois da reforma do estádio para a disputa da Copa do Mundo. Justamente em 2014, os colorados bateram o time da casa por 1 a 0. Depois, foram três derrotas e um empate.
O Inter terá força máxima nesta quarta-feira, mas foi a Curitiba com uma preocupação a mais: Nico López e Rafael Sobis (que deve ser reserva), estão pendurados com dois cartões amarelos e, caso sejam punidos, ficarão fora do duelo de volta da decisão.
O Athletico-PR voltará a disputar uma final de Copa do Brasil após seis anos. Marcelo Cirino, remanescente da campanha do vice-campeonato desta competição em 2013, quando a equipe paranaense foi superada pelo Flamengo – empatou em casa por 1 a 1 e perdeu por 2 a 0 no Rio -, valorizou a força da equipe rubro-negra em sua casa. “Naquela época, a gente não tinha a nossa casa (o Athletico teve de jogar na Vila Capanema), que faz toda a diferença”, disse o atacante atleticano.
Essa será a segunda vez que o Athletico-PR estará presente em uma decisão da Copa do Brasil, para a qual a equipe se classificou com uma vitória nos pênaltis sobre o Grêmio após triunfo por 2 a 0 no tempo normal, na última quarta-feira, quando devolveu o placar obtido pelo time gaúcho no confronto de ida. E agora a equipe encara outro gigante do Sul, mas com o objetivo de abrir vantagem para atuar em uma situação mais confortável na finalíssima da competição.
Para este jogo de ida na capital paranaense, o Athletico tem duas dúvidas no time titular, sendo uma na lateral direita e outra na zaga. Khellven e Madson lutam pela posição na ala, enquanto Lucas Halter e Robson Bambu disputam um posto para fazer dupla de defensores com Léo Pereira.