O governador do Estado, Ranolfo Vieira Junior, afirma que “ações concretas” serão tomadas para desobstruir rodovias no Rio Grande do Sul, onde diálogo com manifestantes não funcionar. Desde a noite de domingo (30), após a confirmação da derrota de Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial, apoiadores do presidente, inconformados com o resultado, protestam pelo país.
Ranolfo falou ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta terça-feira (1º) e disse que medidas em resposta aos bloqueios de estradas no RS serão discutidas em reunião do gabinete de crise do Estado, às 9h. Ranolfo afirmou que vai propor, inicialmente, o “diálogo” com os manifestantes.
— Seguimos, num primeiro momento, dialogando com essas pessoas, mas, a partir daí, temos que ter ações concretas. E são várias ações concretas. A primeira delas expedição de multas a esses veículos que estiverem obstruindo vias. É uma multa caríssima. É graduado como infração gravíssima de trânsito. Se for necessário, o recolhimento destes veículos.
— Acredito que a partir de hoje a gente consiga retornar à normalidade. Este é meu desejo e vamos fazer tudo para que efetivamente isto aconteça — projetou o governador.
Ranolfo Vieira Junior ainda acrescentou que autorizou a mobilização dos seis batalhões de choque da Brigada Militar para que seja cumprida a determinação do Supremo Tribunal Federal de liberação das rodovias.
— Nossa ideia sempre é o diálogo, fazer as pessoas que estão fazendo este protesto entenderem que este protesto é ilegal, é antidemocrático, não é republicano. Tem uma decisão das urnas que deve ser cumprida. A partir deste diálogo, havendo resistência, aí teremos que entrar com ações mais concretas, eu diria assim, até porque temos, agora, uma decisão do Supremo Tribunal Federal neste sentido — disse o governador.
De acordo com Ranolfo Vieira Junior, um dos pontos a serem debatidos no gabinete de crise é se o movimento que bloqueou rodovias poderia ter sido previsto e combatido de forma mais ágil, por meio da Inteligência da Brigada Militar.
— Dá para ver, pela própria organização, que é uma coisa que foi premeditada, que foi organizada. Não seria comum, de um dia para o outro, 22 unidades federativas, de uma hora para outra, vão combinar e fazer ações desta natureza. Ou seja, isso com certeza foi planejado. Mas isso é uma questão para avaliar num segundo momento, agora temos que dominar esta situação de crise, restabelecer a normalidade — comentou.