Ao avaliar os cinco anos do governo Eduardo Leite com a quitação dos salários dos servidores em dia, a subsecretária do Tesouro do Estado, Juliana Debaquer, disse na Rádio Progresso que foram várias medidas adotadas para ajustar esta situação.
Citou que isto ocorreu com reformas, modernização da arrecadação, controle rigoroso dos gastos e gestão de passivos. Além disso, o governo promoveu privatizações e concessões que trouxeram recursos e reduziram custos, e aderiu ao Regime de Recuperação Fiscal, garantindo fôlego financeiro.
Comentou que o Estado saiu da lógica do atraso nas contas, transformando incerteza em estabilidade financeira. Desde novembro de 2020 essas mudanças estão ocorrendo, após um período de 57 meses seguidos de atrasos e parcelamentos consecutivos.
Juliana Debáquer frisou ainda que desde 2021, o Estado antecipa parcelas do 13º salário. Em 2025, 90% do valor foi pago em 3 de novembro, com o restante previsto até 19 de dezembro. No ano passado, o governo antecipou a primeira parcela do 13º salário já em junho, como medida de apoio aos servidores afetados pelas enchentes e para movimentar a economia local.
Lembrou que os salários eram pagos em partes, e o 13º podia levar um ano inteiro para ser quitado. Nesse período, o Estado desembolsou quase R$ 1 bilhão em indenizações pelo parcelamento do 13º. Ela observou que os servidores viviam sem saber quando receberiam o salário e o 13º, pois não havia previsibilidade e gerava insegurança para milhares de famílias, que não sabiam quando receberiam seus vencimentos.
Destacou que isto foi possível graças a reformas administrativa e previdenciária, reduzindo despesas futuras, além de um controle rigoroso dos gastos, com regularização de dívidas herdadas, nova gestão do fluxo de caixa e modernização da arrecadação e privatizações, fortalecendo as receitas.
O estado também aderiu ao Regime de Recuperação Fiscal, que suspendeu parcelas da dívida com a União e liberou recursos para reconstrução e investimentos. Sobre as privatizações e concessões, lembrou que foram decisivas para equilibrar as contas e buscar novos investimentos.
Os leilões das empresas do Grupo CEEE, Sulgás e Corsan resultaram na arrecadação de R$ 8,7 bilhões pelo Estado, além de garantir investimentos privados bilionários. Essas medidas reduziram custos com empresas deficitárias e liberaram recursos públicos para áreas essenciais, como saúde, educação e obras.
A subsecretária afirmou que a folha da Administração Direta, considerando todos os Poderes e órgãos autônomos, somou R$ 32,58 bilhões em 2024. No Executivo, havia 332.639 vínculos entre ativos, inativos e empregados públicos.
Só a primeira parcela do 13º em 2025 foi de R$ 1,6 bilhão, beneficiando 132 mil servidores ativos, 162 mil inativos, 44,5 mil pensionistas e 5,5 mil empregados públicos. Houve ainda reajustes salariais para mais de 228 mil vínculos, reestruturação de carreiras, retomada das promoções e aumento do vale-refeição. Também foram admitidos mais de 40 mil servidores desde o início da gestão, reforçando áreas como educação e segurança pública.