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Hospital de Clínicas de Ijuí realiza captação de múltiplos órgãos

12 de dezembro de 2024

O Hospital de Clínicas de Ijuí (HCI) registrou uma captação de múltiplos órgãos no último sábado, 7 de dezembro. O procedimento foi autorizado pela família de um homem de 54 anos, cuja morte encefálica foi confirmada em decorrência de uma hemorragia subaracnóidea.

Em 2024, três captações já foram realizadas, estabelecendo o maior número registrado desde 2022.

De acordo com a enfermeira gestora da UTI Adulta do HCI e integrante da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott), Deise Steinke, a retirada de diversos órgãos foi possível devido às condições clínicas favoráveis em que o paciente se encontrava. “Ele era um paciente previamente saudável, sem comorbidades, o que possibilitou a abertura do protocolo de doação. A família expressou desde o início o desejo de doar seus órgãos, o que facilitou o processo. Ficamos felizes, pois sabemos que a doação de múltiplos órgãos salva várias vidas e oferece uma oportunidade de recuperação a pacientes que estão em longas listas de espera”, destacou.

O protocolo para captação de órgãos é iniciado assim que a morte encefálica do paciente é diagnosticada. Em seguida, são realizados exames complementares para confirmar o diagnóstico, e a família é informada, sendo consultada sobre a autorização para a doação. Esse processo envolve uma equipe multidisciplinar da Cihdott, que abrange diferentes áreas do hospital, como a UTI e o Centro Cirúrgico. A Central de Transplantes, por sua vez, gerencia a lista de pacientes que aguardam órgãos, realizando a distribuição conforme a urgência e a compatibilidade entre doador e receptor.

Embora 2024 tenha sido o ano com o maior número de captações, os registros ainda são considerados baixos. Os principais fatores que dificultam a efetivação das captações de órgãos no HCI são a negativa da família e as condições clínicas do paciente. “De 2022 até agora, foram abertos 19 protocolos, mas apenas 7 captações foram realizadas. Por isso, estamos sempre reforçando a importância de comunicar à família o desejo de ser um doador, pois será responsabilidade deles tomar essa decisão caso seja necessário em algum momento”, conclui a enfermeira.

Fonte: HCI