O mapa preliminar da 12ª rodada do Distanciamento Controlado volta a trazer mais da metade das 20 regiões em bandeira vermelha (risco alto). De oito regiões classificadas em vermelho na 11ª rodada, o Estado tem, agora, 14 regiões com risco alto para o contágio por coronavírus: Caxias do Sul, Taquara, Canoas, Porto Alegre, Pelotas, Santa Rosa, Santa Cruz do Sul, Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Cruz Alta, Bagé, Passo Fundo, Palmeira das Missões e Santo Ângelo.
As regiões de Lajeado, Cachoeira do Sul, Erechim, Ijuí, Uruguaiana e Santa Maria foram enquadradas preliminarmente na bandeira laranja (risco médio).
Veja como ficou o mapa preliminar da 12ª rodada no site
https://distanciamentocontrolado.rs.gov.br.
Das regiões em bandeira vermelha, a de Caxias do Sul segue no nível mais preocupante, visto que manteve a mesma média ponderada final da semana anterior, de 2,16. Outras duas regiões apresentaram crescimento das médias ponderadas finais: Pelotas (de 1,61 para 1,78) e Bagé (de 1,34 para 1,69), ambas puxadas com o agravamento de indicadores da própria região e da Macrorregião Sul.
As demais em bandeira vermelha tiveram pequenas oscilações, porém ainda mantendo classificação de alto risco. Taquara ficou com média de 2,06; Canoas, de 1,86; e Porto Alegre, de 1,83. Com exceção de Caxias do Sul, cuja média se manteve igual à da semana passada, as médias ponderadas das regiões apresentaram melhora.
O esforço para ampliar o número de novos leitos de UTI (90 unidades a mais de uma semana para outra) fez com, neste período, a maior oferta crescesse no mesmo patamar de pacientes que exigiram tratamento intensivo. Os leitos de UTI aumentaram 4% e, agora, somam 2.370 em todo o Estado, mesmo percentual de avanço em termos de novas internações nessas unidades.
Nesta quinta-feira (23/7), 1.804 leitos de UTI estavam ocupados, sendo que houve um recuo das internações por demais doenças graves e um aumento do número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), resultando em aumento da participação desses pacientes no total de leitos ocupados de 43% para 48%. Na semana anterior, havia 1.733 leitos de UTI com pacientes.
De qualquer forma, a razão de leitos livres para cada ocupado por Covid-19 seguiu tendência de queda – menos de um leito livre para cada ocupado. Isso aponta um risco maior para o colapso da rede hospitalar caso o número de internações pela doença siga acelerado.
Por enquanto, nessas 12 semanas de Distanciamento Controlado, não houve registro da bandeira mais grave, de cor preta, que representa risco altíssimo. Para atingir a bandeira preta, o arredondamento da média ponderada dos 11 indicadores deve alcançar, no mínimo, 2,5, enquanto a da bandeira vermelha é 1,5.
No entanto, no último mês o avanço da pandemia foi significativo. No período de 30 dias (entre os dias 25 de junho a 23 de julho), as internações em leitos clínicos com Covid-19 aumentaram 108,4% (passou de 478 para 996). Isso se refletiu nos casos que exigiram internação em UTI, que igualmente dobraram neste período: saltou de 307 pacientes para 645 (aumento de 110%).
Pacientes de fora
Nos últimos dias, por conta do agravamento da pandemia, algumas regiões apresentaram altas taxas de ocupação leitos de UTI. Para garantir o acesso qualificado e no tempo oportuno dos pacientes aos leitos de UTI, cabe ao Estado transferir pacientes entre hospitais, inclusive para outra macrorregião, que não a de residência do paciente.
Para avaliar o impacto no cálculo das bandeiras dessas transferências de pacientes entre regiões, a Secretaria de Saúde analisou todas as internações de pacientes fora de sua macrorregião de residência. No entanto, não se observou, mesmo realizando todos os ajustes, modificação do resultado final da bandeira em nenhuma das regiões Covid-19.
Ou seja, na simulação, ajustando os pacientes (cada qual ficando na sua macrorregião de residência), manteve-se as bandeiras na mesma definição de restrição, não havendo alteração da bandeira final. Portanto, o efeito de uma macrorregião atender pacientes de fora não foi determinante para a classificação final em nenhuma das regiões
Regra 0-0
Os 352 municípios (do total de 497) das 14 regiões que estão preliminarmente classificados em bandeira vermelha somam 9.280.229 habitantes, ou seja, 82% da população gaúcha (11.329.605 habitantes).
Desse total, 181 cidades e seus 1.003.503 habitantes (8,9% da população) podem adotar protocolos de bandeira laranja, porque cumprem os critérios da Regra 0-0, ou seja, não têm registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias, desde que a prefeitura crie um regulamento local.
Com exceção desses municípios enquadrados na Regra 0-0, as demais prefeituras e associações regionais têm 36 horas – que se encerram às 6h de domingo (26/7) – para apresentarem recurso por meio do formulário de on-line: https://forms.gle/nT2gbChzaNuxnKY48.
Os pedidos de reconsideração serão avaliados pelas equipes técnicas do governo. A decisão será tomada pelo Gabinete de Crise na segunda-feira (27/7) e, à tarde, o mapa definitivo, vigente a partir de terça (28/7), será divulgado.
RESUMO DA 12ª RODADA
Regiões que tiveram piora:
• Santo Ângelo: laranja > vermelha
• Cruz Alta: laranja > vermelha
• Santa Rosa: laranja > vermelha
• Pelotas: laranja > vermelha
• Bagé: laranja > vermelha
• Santa Cruz do Sul: laranja > vermelha
Regiões que estavam e seguem na bandeira vermelha:
• Capão da Canoa
• Taquara
• Novo Hamburgo
• Canoas
• Porto Alegre
• Palmeira das Missões
• Passo Fundo
• Caxias do Sul
Região que teve melhora:
Nenhuma