O julgamento da superestrela brasileira Neymar sobre sua transferência para o Barcelona em 2013 deveria terminar na segunda-feira (31 de outubro), poucos dias após uma grande reviravolta por parte de promotores espanhóis que retiraram todas as acusações de fraude contra o jogador.
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O julgamento é o auge de uma saga jurídica de muitos anos sobre sua transferência de 2013 do Santos, com Neymar, um dos nove réus no banco, acusados de corrupção, incluindo os pais dele e sua empresa N&N, administradora de seus negócios.
Os investigadores começaram a sondar a transferência após uma queixa submetida pela DIS em 2015, que detinha 40% dos direitos do jogador quando ele jogava no Santos.
Alega-se que o futebolista, o Barça e o Santos conspiraram o verdadeiro custo daquela transferência, defraudando-o de seus interesses financeiros.
Os promotores espanhóis estavam buscando uma pena de dois anos de prisão e uma multa de EUR 10 milhões (US $9,9 milhões) para o jogador de 30 anos, que agora joga pelo PSG e que em três semanas levará o Brasil ao Mundial do Qatar.
Mas em uma reviravolta dramática dos acontecimentos na sexta-feira, o promotor público disse que estava retirando todas as acusações criminais contra os réus por não haver provas suficientes para mostrar que um crime havia sido cometido.
Os promotores haviam levado o caso adiante após concordarem com as alegações da empresa de investimentos esportivos brasileira DIS de que ela havia sido defraudada durante esta transferência.
Mais tarde eles disseram que as alegações se baseavam somente em “suposições”, concluindo que se tratava de uma questão para a justiça civil e não para a criminal.
Embora a fase de julgamento chegue ao fim na segunda-feira, a decisão final da corte não é feita.
Em 2015, a DIS apresentou uma queixa na Espanha contra Neymar, o Santos e o Barça alegando fraude e procurando recuperar 35 milhões de euros.
O Barça disse que a transferência custou EUR 57,1 milhões, sendo EUR 40 milhões pagos à N&N, empresa dos pais de Neymar, e EUR 17,1 milhões ao Santos, dos quais EUR 6,8 milhões foram doados ao DIS.
Os promotores espanhóis inicialmente disseram acreditar que o valor real era de pelo menos EUR 83 milhões.
Após a sexta-feira, a DIS contestou fortemente a posição da promotoria de que nenhum crime havia sido cometido.
“Não podemos concordar com isso”, disse seu advogado Eliseo Martinez. “Se fosse esse o caso, este julgamento nunca teria começado”.
Entretanto, a empresa flexibilizou um pouco sua postura, pedindo que o jogador de futebol enfrentasse apenas dois anos e meio atrás das grades se fosse considerado culpado, em vez de cinco.
Os advogados de Neymar vão pedir que o tribunal ordene à DIS que pague todas as custas legais por agir com “imprudência” e “de má fé”, disseram fontes próximas à sua equipe jurídica.