A próxima semana promete ser de início de mobilizações mais intensas por parte de entidades agrícolas ou grupos ligados a produtores rurais em busca de soluções para o endividamento agrícola no Rio Grande do Sul causado por problemas climáticos.
O movimento Securitização Já, integrado por agricultores gaúchos, vai iniciar manifestação terça-feira, dia 13. Uma das líderes do movimento, Luciane Agazzi, disse que terça haverá protestos em Júlio de Castilhos, Tio Hugo, Pantano Grande e São Sepé, inclusive com maquinários.
O objetivo é exigir que o governo federal estenda dívidas de produtores, especialmente com aprovação do projeto de securitização, ou seja, prorrogação de débitos por 20 anos, com juro de 1 a 3%. Essa matéria tramita no Congresso Nacional, autoria do senador gaúcho, Luis Carlos Heinze, e do deputado federal, Pedro Westphalen, ambos do PP do Rio Grande do Sul.
Luciana Agazzi observa que o movimento não tem partido político, visa, apenas, conseguir auxílio para os produtores e existem muitos agricultores que não conseguem mais crédito, até para plantar essa próxima safra de inverno.
Já a Fetag – Federação dos Trabalhadores na Agricultura – transferiu de terça-feira para o próximo dia 20 o começo da mobilização, em Porto Alegre, também com finalidade de apoiar aos produtores atingidos por estiagens ou enchente. A decisão foi tomada ontem à tarde.
Segundo a entidade, nessa próxima semana a Câmara dos Deputados vai funcionar em sistema de home office, o que significa que os parlamentares não estarão em Brasília. Além disso, o presidente da República vai estar em missão oficial no exterior, acompanhado pelos ministros da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
Conforme a Fetag, a ausência dessas autoridades compromete a possibilidade de negociação com o governo e Congresso Nacional. A Fetag quer, pelo menos, que o governo federal atenda parte dos pedidos, por exemplo, prorrogação de dívidas dos agricultores. A grande solicitação é a securitização de débitos rurais por 20 anos. O movimento anteriormente citado do grupo Securitização Já também visa reforçar a mobilização da Fetag.