Um ano após a maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul, a pergunta que muitos gaúchos fazem é: “estamos mais seguros?”. O encaminhamento foi feito ao Governador Eduardo Leite. A reposta não é simples com um sim ou não. Mas o que Leite garante é que os alertas para uma nova eventual calamidade estarão mais precisos e a capacidade de reposta das autoridades será mais adequada para preservar vidas. Quanto aos projetos de proteção contra as cheias dos rios, o governador explica que são bilhões de reais de dinheiro público a serem investidos, que exigem um projeto responsável e bem elaborado, que leva tempo para ser executado. “Se o sistema de proteção de Porto Alegre, que já existia, colapsou. Não basta colocar uma retroescavadeira e construir algo”, argumentou.
A manifestação do chefe do executivo gaúcho ocorreu, nesta segunda-feira (05), durante uma entrevista coletiva para diversas emissoras de rádio do interior do Rio Grande do Sul, em iniciativa liderada pela Agert (Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão), cujo tema principal é a reconstrução do Estado, um ano após as enchentes de maio de 2024.
Na área de trabalho e emprego a notícia é boa. Conforme o governador, o Estado vive hoje um dos índices mais baixos de desemprego. Mesmo que o país esteja também vivendo esse momento favorável, os números no Rio Grande do Sul são acima da média. Leite informa que apenas no primeiro trimestre deste ano o saldo de postos de trabalho abertos foi de 66 mil positivos. Este foi o terceiro melhor crescimento de emprego do país, mesmo o Rio Grande do Sul não sendo a terceira economia do Brasil. Para auxiliar as empresas atingidas pelas enchentes e manter os empregos, uma série de medidas foram adotados pelo Executivo gaúcho. Entre elas, o governador destaca a isenção de ICMS para as empresas que precisaram repor o seu maquinário e equipamentos. Somente nesta iniciativa, foram mais de R$ 165 milhões de incentivos.
No tema envolvendo moradia, Eduardo Leite salientou as ações destinadas aos municípios do Vale do Taquari. Conforme o governador são várias etapas em andamento em cada cidades e o Estado auxiliou na identificação dos terrenos. O governo esperava que os municípios viabilizassem a preparação dos terrenos, porém devido a dificuldade das prefeituras, o Estado contratou maquinário e também auxiliou na preparação dos terrenos e somente após essa etapa é que a construção das casas poderá ser encaminhada. O ritmo de obras e entregas, promete Leite, deve ser acelerada tanto na área de moradias, quanto em outros setores como infraestrutura.