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Leite lança Festejos Farroupilhas 2025 e anuncia programa de investimento superior a R$ 17 milhões no fomento ao tradicionalismo

17 de julho de 2025

Os Festejos Farroupilhas 2025 foram oficialmente lançados na tarde de ontem, 16, no Palácio Piratini. A cerimônia contou com a presença do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do secretário da Cultura, Eduardo Loureiro, de gestores municipais, comunidade tradicionalista, imprensa e demais autoridades. Na solenidade também houve o anúncio do Avançar Tchê, programa inédito que vai direcionar R$ 17,7 milhões a entidades tradicionalistas gaúchas.

Durante o evento, o governador destacou a importância de reconhecer a cultura como parte essencial da identidade do povo gaúcho, lembrando que a valorização não pode se restringir apenas a gestos simbólicos. Ele relembrou as dificuldades enfrentadas pelo Estado em anos anteriores, quando sequer havia recursos para manter os equipamentos culturais em funcionamento, e celebrou o novo momento das contas públicas.

“Valorizar a cultura é, sim, reverenciar a memória de quem trabalhou e trabalha por ela, respeitar a tradição e celebrar nossas manifestações culturais. Mas é também garantir espaço no orçamento para que esse trabalho seja efetivamente apoiado. Quando assumimos, não tinha dinheiro para pagar salário de servidor, quanto mais para investir em cultura. Hoje, temos capacidade de investimento, e isso nos permite, nesse momento que abrirmos os Festejos Farroupilhas, destinar mais de R$ 17 milhões aos Centros de Tradição Gaúcha (CTGs), por meio de editais, para uma valorização concreta do trabalho que eles realizam”, afirmou Leite.

A edição deste ano dos Festejos Farroupilhas tem como tema “Ondas curtas para uma história longa – O centenário de Darcy Fagundes e os 70 anos do Grande Rodeio Coringa”, destacando a história do radialista, declamador e comunicador Darcy Fagundes. O patrono é Mário Barboza de Mattos, engenheiro agrônomo, jornalista, escritor e artista plástico, com uma trajetória marcada por contribuições significativas à cultura do Estado.

Esta é uma fotografia de um evento público em um salão opulento, onde um homem está discursando no primeiro plano à direita.

O homem, com barba, veste um terno azul-marinho, camisa branca e gravata, e está de pé atrás de um púlpito escuro com o logotipo "RS". Ele segura um microfone com a mão direita e gesticula com a esquerda enquanto fala.

Atrás dele e à esquerda, uma grande plateia está sentada em cadeiras sobre um tapete vermelho. Algumas pessoas na plateia vestem trajes típicos gaúchos: duas mulheres sentadas na frente vestem vestidos longos azuis e brancos com babados, e um homem sentado ao lado delas veste bombachas e camisa tradicional. Uma mulher de cabelos longos e escuros está em pé atrás do púlpito, olhando para o orador.

O salão possui paredes em tom creme com colunas decoradas e grandes cortinas douradas ao fundo. Há uma iluminação verde e branca vinda do fundo. O ambiente é grandioso e sugere um evento cultural ou oficial.
Governador destacou a importância de reconhecer a cultura como parte essencial da identidade do povo gaúcho – Foto: Vitor Rosa/Secom

A música-tema das festividades, intitulada “O Vaqueano do Rádio”, foi composta pelo grupo Alma Gaudéria e apresentada na cerimônia desta tarde. A canção foi vencedora da chamada pública realizada pela Comissão Estadual dos Festejos Farroupilhas.

“Este é um momento de celebração da nossa rica cultura, da nossa identidade e do nosso povo. Hoje escrevemos mais um capítulo dessa história. Os Festejos Farroupilhas são muito mais que uma festa tradicional: são a reafirmação dos valores que nos unem como a bravura, a liberdade, a garra e a resistência”, afirmou a presidente da Comissão Estadual dos Festejos Farroupilhas, Denise Gress.

O acendimento da Chama Crioula, que marca oficialmente o início dos Festejos Farroupilhas, será no dia 16 de agosto, em Caxias do Sul. Após percorrer 30 Regiões Tradicionalistas do Estado, a centelha chega ao Palácio Piratini no dia 14 de setembro, dando início à Semana Farroupilha. A Chama foi reconhecida pelo governo do Estado em agosto de 2024 como símbolo da cultura regional gaúcha e patrimônio cultural imaterial do Rio Grande do Sul, representando a coragem, a união dos povos e o amor do gaúcho por sua terra.

Avançar Tchê

Com o objetivo de fomentar atividades tradicionalistas e de incentivar a pesquisa, o ensino e a preservação da cultura gaúcha, o governo do Estado anunciou a criação de um programa inédito, o Avançar Tchê. Por meio de dois editais, que serão lançados nesta quinta-feira (17/7), serão direcionados R$ 17,7 milhões a entidades tradicionalistas. 

O secretário da Cultura, Eduardo Loureiro, ressaltou que o novo momento vivido pelo Rio Grande do Sul, com equilíbrio fiscal e capacidade de investimento, é o que permite ações robustas de fomento à cultura e à tradição gaúcha.

“Se hoje podemos investir mais de R$ 17 milhões no tradicionalismo gaúcho, é porque o governo liderado pelo governador Eduardo Leite teve coragem de reorganizar o Estado e recuperar sua capacidade de promover investimentos. Quem conhece a história recente sabe que, até pouco tempo, o Estado sequer conseguia pagar salários em dia. Agora, podemos apoiar as nossas entidades e fazer política pública com efetividade”, afirmou.

Esta é uma fotografia colorida de um grande grupo de pessoas posando para a câmera em um evento formal, muitas delas vestindo trajes tradicionais gaúchos.

No centro da imagem, o homem que aparece em outras fotos como o governador (com barba, terno azul-marinho, camisa branca e gravata) está sorrindo, rodeado por outras pessoas.

À sua esquerda e direita, e formando um semicírculo em torno dele, há homens e mulheres de diversas idades. Muitos estão vestidos com pilchas gaúchas: os homens com bombachas, camisas e ponchos ou lenços, e as mulheres com vestidos longos de prenda em tons de azul e branco, alguns com detalhes em renda. Há também pessoas com vestimentas mais casuais, como calças jeans e blusas.

Ao fundo, há uma grande tela de projeção com imagens de campos e cavalos, e no topo da tela, o logotipo do "RIO GRANDE DO SUL" e outros símbolos. A sala possui paredes em tom creme com colunas decoradas e grandes cortinas marrons no fundo. O chão é coberto por um tapete vermelho. A iluminação é brilhante, sugerindo um evento bem iluminado e festivo.
Encontro visa fomentar as atividades tradicionalistas, incentivar a pesquisa, o ensino e a preservação da cultura gaúcha – Foto: Vitor Rosa/Secom

O Edital Prêmio Tradicionalismo Gaúcho vai destinar R$ 16 milhões a entidades com atuação comprovada no Rio Grande do Sul e histórico relevante de atividades desenvolvidas para a preservação, a promoção e a valorização do tradicionalismo gaúcho. O valor recebido poderá ser aplicado na melhoria da infraestrutura da entidade, na aquisição de indumentárias, instrumentos e equipamentos, no desenvolvimento de atividades ou quaisquer outras necessidades relevantes para sua atuação.

Já o Edital Invernadas Culturais contará com R$ 1.675.084,60 em recursos para entidades tradicionalistas gaúchas e pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos executarem projetos que desenvolvam oficinas de danças gaúchas, artesanato, gastronomia, música, poesia, indumentária gaúcha, entre outras.

Os editais completos podem ser acessados a partir desta quinta-feira, na página do Pró-Cultura e no site cultura.rs.gov.br.

Loureiro também fez questão de destacar o papel essencial dos CTGs na formação cultural e social dos gaúchos. “Valorizar os CTGs é reconhecer seu papel como espaços de formação de caráter, de transmissão de valores e de preservação da nossa identidade. Enquanto os nossos jovens e as nossas famílias frequentarem esses ambientes de cultura, estaremos fortalecendo a base da nossa sociedade. É por isso que criamos um programa específico, com editais inéditos, para apoiar invernadas culturais e repassar recursos diretamente às entidades tradicionalistas”, completou.

O governador também fez questão de homenagear o papel social dos CTGs, especialmente durante os momentos mais difíceis enfrentados pela população gaúcha, como nas enchentes de 2024. “Os CTGs não são apenas espaços físicos. Eles acolhem, mobilizam, alimentam e unem, porque são feitos de gente comprometida com o nosso Rio Grande. Essa alma gaúcha, esse senso de pertencimento que se expressa na arte, na música, na indumentária, foi e é o que nos sustenta nos momentos mais difíceis. Por isso, estamos aqui para dizer: contem conosco, como nós contamos com vocês”, concluiu.

Sobre os Festejos Farroupilhas

A Revolução Farroupilha, também chamada de Guerra dos Farrapos, teve início em 20 de setembro de 1835, na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul, prolongando-se até março de 1845. Esse período de aproximadamente dez anos é considerado um marco na formação social e política do Estado, representando uma das mais importantes passagens da história gaúcha.  

A data de 20 de setembro marca o início da Guerra dos Farrapos, quando os farroupilhas saíram vitoriosos na batalha da Ponte da Azenha e adentraram a província de Porto Alegre, comandados por Bento Gonçalves. O conflito resultou na independência do estado do Rio Grande do Sul e na criação da República do Piratini, que perdurou por sete anos.  

A Semana Farroupilha foi estabelecida como um momento de celebração das tradições gaúchas, envolvendo não apenas os CTGs e o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), mas também diversas instituições e segmentos sociais do Estado.  

Para coordenar e integrar as comemorações relacionadas à Revolução Farroupilha, o governador Eduardo Leite criou, em 2020, uma Comissão Especial, responsável por unir as principais festividades do ano em uma programação unificada, formando os Festejos Farroupilhas.  

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí e governo estadual
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