A investigação realizada pelo Ministério Público do Estado sobre desvio de verbas públicas em Cruz Alta, e que teria sido cometido por um ex-procurador-geral do Município e outros dois advogados, apura que o prejuízo estimado aos cofres públicos do município ultrapassa os R$ 300 mil.
Segundo o MP, há indícios de que os suspeitos arquitetaram o pagamento em duplicidade de uma dívida que o Município possuía com uma empresa do ramo de construções, para desviar os valores excedentes em benefício próprio e de terceiros.
Nesta quinta-feira (12), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Núcleo Planalto, com apoio da Polícia Civil e da Brigada Militar, cumpriram cinco mandados de busca e apreensão na cidade, sendo em três escritórios de advocacia e em duas residências.
Nas buscas, além de documentos, foram apreendidos equipamentos de informática e aparelhos de telefone celular. A operação foi coordenada pelos promotores de Justiça, José Garibaldi Machado, e Tássia Bergmeyer da Silveira, com apoio do delegado de Polícia Rafael dos Santos.
O MP apura, ainda, outros crimes relacionados à administração pública da cidade, que teriam sido praticados entre 2013 e 2016 pelos mesmos suspeitos e outros investigados. A Promotoria de Justiça Especializada de Cruz Alta já ajuizou três ações civis públicas por atos de improbidade administrativa em relação a alguns desses fatos. Durante a instrução desses inquéritos civis, foram apreendidos diversos bens dos suspeitos para garantir o ressarcimento aos cofres municipais. Além do procedimento investigatório criminal que acarretou na operação, há outras duas investigações em andamento.