Foi confirmado no município de Ajuricaba um caso de coqueluche, uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. É uma doença contagiosa que afeta as vias respiratórias e se caracteriza por crises de tosse seca.
O caso suspeito foi notificado pela rede de saúde na semana epidemiológica 01/2025. A vigilância epidemiológica municipal imediatamente encaminhou o paciente para exames e monitoramento de contatos próximos ao caso fonte. A confirmação do caso pelo Laboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul (LACEN) ocorreu no dia 24 de janeiro.
Segundo a administração do município, o paciente recebeu tratamento prévio de profilaxia, assim como seus contatos. Além disso, a caderneta de vacinação do caso fonte e dos contatos foi revisada e está em processo de atualização.
A transmissão ocorre por meio de gotículas respiratórias expelidas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra. Portanto, a propagação da doença é muito fácil e toda a população é suscetível, em especial bebês com até seis meses e pessoas imunocomprometidas.
A Coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Anelise Schneider reforça que este caso positivo indica que a bactéria causadora da coqueluche está circulando no território do município e que a única forma de prevenir a doença é manter as doses da vacina dTpa (vacina inativada que previne a difteria, o tétano e a coqueluche) em dia.
Segundo ela, também é importante que neste momento de volta as aulas seja realizada uma revisão na caderneta de vacinação das crianças, verificando se todas as doses de dTpa estão atualizadas. Além disso, gestantes a partir de 32 semanas de gestação devem realizar a dose de reforço da dTpa a fim de proteger o bebê durante e após dois meses do nascimento.
Desde 2015 ocorre uma queda da cobertura vacinal entre menores de 5 anos no Brasil. Isto permite o retorno de doenças que já foram erradicadas do território, crianças mais expostas a doenças, mais vetores de transmissão e variantes e aumento de outras doenças.
A Prefeitura de Ajuricaba e a Vigilância Epidemiológica continuam monitorando a situação e orientam a população a manter as vacinas atualizadas para prevenir surtos da doença.