O governo do Rio Grande do Sul realiza, até o próximo dia 27, uma missão ao continente asiático, com encontros no Japão e China. O roteiro começou hoje, pelo horário brasileiro. O presidente da Famurs – Federação das Associações de Municípios do Estado – e prefeito de Barra do Rio Azul, Marcelo Arruda, integra a comitiva.
No começo desta manhã, ele concedeu entrevista para a Progresso no deslocamento para Tóquio, capital japonesa. Comentou que parte do grupo esteve, hoje, na província de Shiga, que é cidade irmã do Rio Grande do Sul desde 1980.
Arruda frisou que na mencionada província foi possível conhecer as medidas de melhorias e de prevenção em razão de enxurradas enfrentadas naquela região. Ele entende que isso é um exemplo para aplicar no território gaúcho, visto as tempestades no final do ano passado e começo de 2025 que ocorreram no Rio Grande do Sul, o que resultou em muitas mortes e prejuízos. Marcelo Arruda citou que Shiga foca, bastante, em treinamento de sinalização de áreas de risco. A mesma temática vai ser debatida quarta-feira, com o governo de Tóquio.
Para o presidente da Famurs, em casos dessas tragédias a segurança das pessoas precisa estar em primeiro lugar e o Estado necessita ter, no planejamento, onde realocar casas e até áreas de risco, além de obras de prevenção.
Ele entende que o governo gaúcho está no caminho certo nesta organização. Uma das próximas agendas no Japão diz respeito à reunião na sede da indústria de veículos Toyota, que possui base no município de Guaíba. O governo gaúcho quer que a empresa amplie esse investimento.
Na mesma entrevista hoje pela manhã na RPI, Marcelo Arruda observou que outra ênfase da missão gaúcha no Japão é conhecer projetos de hidrogênio verde. O hidrogênio verde é produzido por meio da eletrólise da água usando eletricidade renovável, como a gerada por fontes solares ou eólicas. Isso significa que a produção de hidrogênio verde não emite dióxido de carbono ou outros poluentes atmosféricos, o que torna uma fonte de energia livre de emissões. Para isso, o Rio Grande do Sul precisa ter ampliação de energia eolica.
Após passar pelo Japão, a comitiva gaúcha vai estar na China, com a finalidade de atrair novos projetos. O Rio Grande do Sul é um grande exportador de proteína animal e grãos para o país asiático. Antes de chegar na Ásia, os gaúchos estiveram em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A pauta principal foi a prospecção de negócios no setor da saúde, por exemplo, em hubs de saúde e instalação de base operacional de empresas gaúchas naquele país.
Outro ponto debatido foi a avaliação de um investimento por meio de um fundo com recursos oriundos do petróleo em áreas ligadas à agropecuária, como inovação, pesquisa e desenvolvimento de medidas para segurança alimentar. Um primeiro projeto que já está em andamento é o do trigo com melhoramento genético, altamente proteico. Para o presidente da Famurs, Marcelo Arruda, é fundamental obter a confiança dos empresários dos mencionados países para que façam investimentos no Rio Grande do Sul.