Uma única família foi vítima de criminosos duas vezes na mesma semana, no interior de Ijuí. A propriedade foi invadida e saqueada, o que gerou prejuízo de R$ 25 mil, além de todo o causado pela estiagem. Em outro caso, um casal foi amarrado por criminosos, no interior de Catuípe. Dias antes, uma mulher foi assassinada em latrocínio na zona rural de Tio Hugo. A tranquilidade da vida no campo já não é mais a mesma e os casos intensificam a sensaçao de impunidade e insegurança.
“Sensação de impunidade mesmo, de medo por não conseguir dormir sem imaginas que eles podem voltar”, relata uma das vítimas. Na região de Ijuí, o número de invasões à propriedades rurais tem crescido significativamente. Para o titular da 26ª Delegacia de Polícia Regional, Ricardo Miron, os ataques estão sendo arquitetados e executados por diversos pequenos grupos e não uma única quadrilha.
“Imagino que sejam vários grupos independentes e não uma única quadrilha que estão praticando os ataques. Municípios menores, nos quais o efetivo da polícia é também menor, geralmente os ataques acontecem com mais frequência. Como resposta à comunidade, podemos destacar o trabalho conjunto entre a Polícia Civil e a Brigada Militar para elucidar esses crimes”, destaca o delegado.
Miron destacou ainda a importância da instalação de equipamentos de videomonitoramento nas propriedades rurais, para que a polícia tenha mais elementos, em caso de invasão. “A informatização no campo, instalação de câmeras, são coisas muito positivas em relação à proteção”.
O delegado ressalta que em caso de flagrar ladrões na propriedade, a orientação da polícia é sempre para não reagir, já que o ‘elemento surpresa’ geralmente está com o bandido, o que pode culminar em uma tragédia. “A não ser, é claro, que a pessoa seja treinada para manusear armas de fogo, por exemplo, e tenha certeza que o cenário é favorável para uma reação”, pontuou.