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MANCHETES

Novas raças que vão brilhar na Expointer deste ano

5 de agosto de 2023

Das 89 raças inscritas na Expointer deste ano, entre ovinos, bovinos, zebuínos, bubalinos, equídeos, caprinos e pequenos animais, duas são novas no Parque e uma estava ausente fazia bastante tempo.

Entre os ovinos, a raça Merino Australiano Naturalmente Colorido vai estar pela primeira vez em Esteio. O criador Éverson Bravo, de Glorinha, destaca que esta raça foi selecionada para produção de lã fina, com qualidade, sedosidade e suavidade. É a raça de melhor qualidade de lã que existe para alta costura, afirma.

“Existe uma demanda de mercado muito grande aqui na região sul, tanto para a lã das ovelhas naturalmente coloridas, que podem ser destinadas para a alta costura e para o artesanato, quanto para as peles naturalmente coloridas, utilizadas na produção de pelegos para arreios, para rodeios, para o homem do campo, entre outros”, destaca o criador.

Éverson também cria ovinos das raças Texel, Texel Naturalmente Coloridos e Merino Australiano. “A ovelha está presente na minha vida desde criança e hoje tenho meus animais, além de assistir muitos outros”, declara. Os ovinos vêm aumentando a sua participação na Expointer a cada ano. Neste ano de 2023 são 980 animais de 15 raças, no ano passado foram 892, um aumento de 9,87%.

Os caprinos também têm raça nova desfilando na feira. É a Savana, originária da África, e que vai estar com dois exemplares. “Depois de investir na raça Kalahari e obter grandes resultados em rusticidade, características essenciais para o Rio Grande do Sul, passei a estudar a raça Savana que também se destaca pela rusticidade, mostrando ser muito eficiente no ganho de peso em sistemas de fazenda campo”, destaca o produtor Renato Moreira, de Santana da Boa Vista. Segundo ele, as expectativas são de aumentar o número de negócios em relação a 2022, que já foi muito bom. Além da Savana, Renato cria Boher e Kalahari, além de bovinos e ovinos.

“Esta raça está se difundindo bastante, é uma raça nova no Brasil”, destaca Jônatas Breuning, presidente da Associação dos Caprinocultores do Rio Grande do Sul (Caprisul). Ele destaca que a carne de cabrito está em alta, com possibilidade de exportação para o mercado árabe, o que tem estimulado bastante os criadores. “Temos perspectiva de fazer uma boa Expointer”, avalia. Nesta Expointer participam 115 animais das raças Anglonubiana, Boer, Kalahari e Savana.

De volta

“É um sonho muito antigo já nosso vir aqui expor na Expointer. No ano passado a gente foi no Parque assistir o Freio de Ouro e ver como era para participar e neste ano estaremos aí nesta festa maravilhosa”, afirma Martin Herman, criador de jumentos da raça Pêga, introduzida no Brasil por volta de 1534.

São 10 exemplares presentes na feira, que não vão participar de julgamento, apenas de apresentação da raça na pista. A raça esteve na Expointer pela última vez em 1989. “Nós queremos mostrar para todo o povo gaúcho uma realidade da equideocultura que não faz parte exatamente da tradição sulina de hoje, mas que existe há muito tempo, desde a época do tropeirismo”, afirma Herman. Ele conta que no início da colonização, por cerca de 300 anos, as mulas só podiam vir do Rio Grande do Sul e eram tributadas no Passo de Santa Vitória. 

De acordo com dados da Associação Brasileira dos Criadores do Jumento Pêga, existem 1151 criadores no Brasil, sendo os estados de maior destaque Minas Gerais e São Paulo. “O mercado está crescendo bastante, tanto para marcha quanto para o trabalho em fazendas”, destaca Ronan do Carmo, coordenador institucional da ABCJPêga.

Os equídeos participam desta Expointer com 819 animais de 11 raças, aumento de 1,24% em relação a 2022, quando foram registrados 809 animais na feira. E são o segundo maior em número de animais,  estando apenas depois dos ovinos.

A Expointer 2023 vai contar neste ano com 3.480 animais de 89 raças na modalidade de argola. Apenas as aves e pássaros não vão estar presentes por causa da influenza aviária. “A gente espera que para o ano que vem este momento de emergência sanitária seja superado e que estes animais possam novamente participar da feira”, destaca Pablo Charão, comissário-geral da Expointer.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí e governo do Estado